A data está definida. Em 2018, o Lidl chegará, finalmente, aos Estados Unidos da América. Na “bagagem” leva um ambicioso plano de expansão que contempla 80 a 100 lojas logo no primeiro ano de atividade. A cadeia alemã está interessada em todas as localidades com 25 mil a 30 mil habitantes e, embora ainda não se conheça onde se vai implantar a primeira loja, sabe-se já que a expansão iniciar-se-á na costa atlântica.
A entrada da cadeia alemã no mercado norte-americano é há muito antecipada e está a ser cuidadosamente planeada. De facto, o Lidl optou por demorar o tempo que fosse necessário para acertar todas as agulhas na abordagem a um mercado onde o eterno rival Aldi já está presente há 40 anos. Para tal, tem começado a fazer notar a sua presença através da implementação de escritórios regionais e centros de distribuição. Após o anúncio da opção por Arlington para alojar a sede da sucursal norte-americana, são já conhecidas as localizações de Spotsylvania, Alamance e, mais recentemente, Cecil County, no Maryland, para a implantação de centros de distribuição. Mais de mil postos de trabalho foram já criados, esperando-se outros 100 quando o ativo do Maryland, um investimento no valor de 100 milhões de dólares, estiver em curso.
Tal como aconteceu na Lituânia, o Lidl está a dar prioridade ao estabelecimento da sua rede logística antes da abertura de lojas. De acordo com o Planet Retail, esta mesma abordagem está a ser seguida na Sérvia, onde o início de operações está previsto para 2017. E, no caso do mercado norte-americano, é plenamente justificada pela “revolução” a que se está a assistir, após a fusão entre a Ahold e a Delhaize, que alterou significativamente o panorama do retalho alimentar, especialmente no leste do país. Além de que a Kroger continua a dar indicações das suas ambições para expandir a sua presença via fusões e aquisições.
A expectativa é, contudo, que o Lidl vá ter um impacto considerável no retalho norte-americano, desde que consiga alguma escala. Apesar da expansão ir iniciar-se na costa leste, onde o Lidl tem estado ativamente à procura das melhores localizações, perfilando-se a Pensilvânia como uma potencial rampa de lançamento, as informações mais recentes dão também conta do interesse no Texas, onde a eterna rival Aldi já possui 90 pontos de venda, concentrados principalmente em Dallas e Houston, e não pretende ficar por aqui.
Leia este artigo na íntegra na edição 42 da Grande Consumo.