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Consumidores portugueses valorizam produtos premium
2017-01-05

32% dos portugueses admitem ter maior disponibilidade para adquirir produtos premium, de acordo com relatório internacional “Global Survey Premiumization” da Nielsen.

Este dado vem no seguimento do facto de 33% dos portugueses considerarem que a sua situação financeira melhorou relativamente aos últimos cinco anos. Estes resultados mostram-se mais positivos em Portugal do que em países como a Itália (13%) ou a França (22%).

Para considerar um produto premium, os consumidores portugueses destacam a importância da qualidade superior das matérias-primas ou ingredientes, da oferta de funções ou desempenho superiores e do facto de proporcionarem melhores experiências. No que diz respeito à média europeia, 38% considera que os preços altos tornam o produto mais premium, fator que apenas é valorizado por 21% dos portugueses.

De acordo com este estudo Nielsen, a grande maioria dos portugueses (88%) está disposta a pagar preços premium para os produtos que tenham funções ou desempenho superiores. 87% mostra-se disponível caso a sua qualidade/segurança sejam elevadas e 86% se forem produtos orgânicos ou com ingredientes 100% naturais.

Se 50% dos consumidores nacionais consideram que comunicar um produto como sendo premium é uma forma das marcas ganharem mais dinheiro, 46% assume que vale a pena o dinheiro investido. 45% refere que comprar um produto premium faz com que se sinta bem e 39% sente-se mais confiante.

As categorias em que os portugueses se mostram mais disponíveis para pagar preços premium são a carne e peixe (43%), o vestuário e calçado (37%), os produtos de higiene oral (32%), de cuidados com o cabelo (32%) e os “gadgets” pessoais (32%). Os resultados são menores na média europeia nestas categorias. Por outro lado, os produtos de papel (4%), os snacks salgados (4%), os doces (4%) e as bebidas com gás (5%) são as categorias para as quais os consumidores portugueses estão menos dispostos a pagar preços premium.

Relativamente aos canais preferidos para os produtos premium, 72% dos portugueses recorrem às lojas físicas nacionais, um número bastante superior à média europeia (53%), onde existe uma maior oferta de lojas online. 18% opta por comprar online, não deixando, no entanto, de optar por retalhistas presentes no mercado nacional. Destaca-se ainda que apenas 15% dos consumidores nacionais afirmam não comprar este tipo de produtos (contra 29% na média europeia e 37% em Espanha).

Para a compra de produtos premium, 48% dos portugueses seguem a recomendação de familiares e amigos e 35% baseia-se em pesquisas efetuadas. Já a média dos europeus valoriza primeiro a sua própria pesquisa (41%) e só em segundo lugar surgem as recomendações (35%). A publicidade online serve como fonte a 27% dos portugueses para a procura e experimentação de novos produtos premium.


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L.Branca/PAE

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