A Sonae vai entrar no retalho alimentar em Moçambique após a compra de duas lojas neste país.
Segundo o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o investimento total estimado é de seis milhões de dólares, ou seja, cerca de 5,3 milhões de euros, efetuado em parceria com a Satya Capital, propriedade do milionário Mohamed Ibrahim.
Após a tentativa falhada de entrada no mercado angolano, com o fim da parceria com a empresária Isabel dos Santos, que avançou sozinha para a abertura de hipermercados neste país, a Sonae aborda agora outro mercado africano de língua oficial portuguesa. O negócio assenta numa joint-venture 30/70, em que o investidor sudanês, sediado em Londres, tem o capital maioritário.
O comunicado não dá detalhes sobre as lojas adquiridas nem revela a sua localização.
O mercado de retalho moçambicano é ainda muito fragmentado e amplamente dominado por operadores da África do Sul, caso da Shoprite, o maior retalhista africano. Segundo o Planet Retail, recentemente, alguns investidores chineses têm afirmado a sua presença em grandes superfícies. Um estudo recente da A.T.Kearney indica Moçambique como o 15.º país africano mais atrativo para as cadeias de retalho internacionais, mas ainda distante de Angola, na terceira posição.