Com uma faturação de 573 milhões de euros, o mercado de bens de consumo tecnológicos em Portugal cresceu 3,8%, revela o estudo divulgado pela GfK.

A eletrónica de consumo apresentou o maior crescimento (12,1%), com o Campeonato Europeu de Futebol a impulsionar o mercado de televisões (19,4%), e a fotografia a maior queda (-13,6%).

A faturação total da eletrónica de consumo ascendeu a 86 milhões de euros. Registou-se um abrandamento nas vendas de "action cams" que decresceram na ordem dos 20%, em comparação com o segundo trimestre de 2015.

O mercado de fotografia permaneceu negativo, com uma faturação na ordem dos 11 milhões de euros. O segmento das câmaras compactas com lente intermutável registou uma tendência positiva em valor, embora não tenha sido suficiente para o declínio geral.

O sector dos grandes eletrodomésticos, por seu turno, continuou a ser o motor do mercado, com a consolidação do aumento do crédito à habitação. As vendas aumentaram 8,2% no segundo trimestre, para os 112 milhões de euros, com os produtos de encastre a liderarem o caminho. Houve também aumentos interessantes nos segmentos de máquinas de lavar a loiça, secadores de roupa e máquinas de lavar a roupa. Frigoríficos e congeladores registaram resultados pouco positivos, sendo expectável que a procura aumente durante o terceiro trimestre.

Os pequenos eletrodomésticos apresentaram um crescimento modesto (3,4%) para os 48 milhões de euros. Registou-se, ainda, uma boa performance nos produtos de cuidado dental e tratamento de ar (20,8% e 55,9%, respetivamente).

No segundo trimestre, o sector de tecnologias de informação diminuiu 3,5%, em comparação com o homólogo, com as vendas a não ultrapassarem os 107 milhões de euros. A queda foi causada principalmente pela redução das vendas de computadores fixos e tablets, que contraíram 16,4% e 22,5%, respetivamente. De destacar ainda o bom desempenho em alguns dos grupos de produto mais pequenos, como teclados, dispositivos de armazenamento e monitores, o que ajudou a aliviar o declínio.

Nas telecomunicações, o maior grupo de produtos, os smartphones, cresceu 3,6%. Todo o sector aumentou 3,7% para os 184 milhões de euros. A procura por phablets e smartphones (com tamanho de ecrã maior que 5,6 polegadas) caiu 30%. Em contrapartida, a procura por wearables continuou a aumentar sem sinal de abrandamento.

Finalmente, o sector de Office Equipment apresentou um crescimento de 4% para os 24 milhões de euros. Toners e equipamentos de impressão foram os produtos com melhor performance neste sector e cresceram 14,7% e 15,6%, respetivamente.