A Fnac está em busca de um financiamento para subir a parada face à oferta de compra da Darty apresentada pela Conforama.
A proposta do grupo liderado por Alexandre Bompard, de compra da cadeia de eletrodomésticos francesa através da troca de ações, foi recusada pelos acionistas desta, que preferiram o valor total em numerário proposto pela Conforama. Esta oferta valoriza a Darty em 673 milhões de libras, cerca de 850 milhões de euros, o que compara com os 615 milhões que tinham sido oferecidos pela Fnac.
Segundo o jornal Les Echos, os bancos Rothschild, Ondra e Crédit Agricole estão a procurar um financiamento de, pelo menos, 600 a 700 milhões de euros em numerário, a fim de somar aos 90 milhões que tinham sido propostos pela Fnac, sem contar com os mais de 200 milhões de dívida da Darty que deverão sem refinanciados.
Além disso, os bancos BNP Paribas, Société Générale e Natixis estão a trabalhar numa modalidade de financiamento mista que não deverá alterar o nível de endividamento da Fnac. Esta modalidade poderá passar por um aumento de capital, de modo a solucionar a questão do capital próprio.
A Fnac tem 60 dias desde a apresentação da oferta da Conforama, apresentada a 18 de março, para financiar a operação. Este período permitirá, também, conhecer o parecer do regulador da concorrência sobre a questão de Paris, onde Fnac e Conforama têm uma ampla presença.