O Lidl e a Mercadona foram acusados pela Promarca de vetar os novos produtos.
Ignacio Larracoechea, presidente da associação de fabricantes espanhola, criticou ambas as cadeias numa conferência de imprensa realizada em conjunto com a Kantar Worldpanel para apresentar as conclusões do estudo Radar da Inovação. De acordo com o porta-voz da Promarca, estas duas cadeias apenas comercializam as suas próprias inovações, pedindo uma maior colaboração para que os novos produtos lançados no mercado possam chegar sem obstáculos ao consumidor. “A inovação é o mecanismo essencial para o crescimento do sector. Se não inovar, o sector não pode desenvolver-se e será o consumidor o mais prejudicado”.
Ignacio Larracoechea sublinhou que, para que a inovação flua, o consumidor deve ser capaz de encontra-la em todos os supermercados. Contudo, Lidl e Mercadona apostam, sobretudo, nas suas marcas próprias, o que faz com que “esqueçam e vetem” as marcas de fabricante. O presidente da Promarca salientou, ainda, que as atuais leis da concorrência não contemplam o facto dos retalhistas serem, também eles, concorrentes das marcas, pelo que podem beneficiar as suas MDD nos lineares
Segundo o estudo, em 2015, houve um ligeiro crescimento em termos de novidades introduzidas no mercado espanhol. Contudo, as inovações apenas se encontram numa em cada cinco lojas. Concretamente, em 2015, a Mercadona apenas vendeu 10% das inovações. Abaixo deste valor apenas se encontra o Lidl, com 2%.
Em sentido inverso, o Carrefour comercializou 70% das inovações, a Eroski 43%, o Alcampo 40% e o DIA 33%.