Uma percentagem considerável de consumidores (23%) afirma ter perdido poder de compra, mas a grande maioria (71%) considera que este se manteve face ao ano passado. Apenas uma pequena percentagem de portugueses (2%) diz ter visto o seu poder de compra aumentar comparativamente a 2014. Estas são algumas das conclusões do mais recente estudo do Observador Cetelem que analisou o estado do consumo em Portugal e as intenções de compra para o Natal.
Em relação ao futuro, os portugueses mostram-se agora mais confiantes. No ano passado, apenas 0,8% dos inquiridos acreditavam que o seu poder de compra iria aumentar, percentagem que chega agora aos 4%. Já a percentagem de consumidores pessimistas, que prevê vir a perder poder de compra no ano seguinte, tem vindo a diminuir (58% em 2013; 29% em 2014 e 20% atualmente). A maioria dos portugueses (67%) acredita que o seu poder de compra manter-se-á em 2016.
Tal como nos anos anteriores, são os consumidores mais velhos, entre os 55 e os 65 anos, que mais se queixam de ter perdido poder de compra face ao ano passado (34%). São também os mais pessimistas em relação ao futuro: 30% perspetiva perder poder de compra em 2016.
Fazendo uma análise geográfica, constata-se que é no Norte que os consumidores mais manifestam ter perdido poder de compra no último ano (31%). Já o Sul é a região que revela uma melhor perceção da evolução do poder de compra: apenas 19% dos indivíduos consideram que a situação piorou face a 2014.
Este estudo foi desenvolvido em colaboração com a Nielsen, tendo sido realizados 600 inquéritos por telefone, a indivíduos de Portugal continental, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, entre os dias 28 de setembro e 1 de outubro de 2015. O erro máximo é de +4.0 para um intervalo de confiança de 95%.