Já com data de inauguração marcada e um investimento de 40 milhões de euros na nova loja em Casablanca, a empresa sueca Ikea foi obrigada a cancelar a abertura do seu espaço na maior cidade de Marrocos. A abertura estava marcada para dia 29 de setembro.
A decisão é justificada pelas autoridades pela ausência de um certificado de conformidade, mas tem sido encarada como uma represália pelo facto da Suécia apoiar a independência da República Arábe Saraui Democrática, noticia o Jornal Expresso
Segundo a Ikea faltam, ainda, cumprir alguns requisitos internos, exigidos pela direção na Suécia, avança a noticia do Jornal Expresso. Por seu lado, o governo civil de Casablanca avança com a necessidade de um certificado de conformidade que a Ikea não possui ainda.
No entanto, o periódico português refere que nas redes sociais a versão circulada é diferente de ambas as versões. A anulação da abertura será uma “represália” à Suécia por ter aprovado um projeto de lei para reconhecer a República Árabe Saraui Democrática, antiga colónia espanhola do Sara Ocidental, anexada por Marrocos em 1975.
No dia anterior, 28 de setembro, o presidente do governo marroquino, Abdelilá Benkirán convocou os partidos com assento parlamentar para discutir a decisão sueca. Após a reunião, segundo avançam os jornais “El País” e “Le 360” terá saído a notícia do cancelamento da inaguração da nova loja Ikea em Casablanca.