Receitas de publicidade em mobile crescem 65% reforçando o crescimento dos meios digitais face aos meios tradicionais
O investimento em publicidade tem vindo a migrar crescentemente dos meios tradicionais para os meios digitais, com destaque para o mobile, o vídeo e as redes sociais. Os mais recentes dados e previsões para o mercado confirmam que a tendência está para durar segundo notícia publicada pela ACEPI.
Apesar das previsões para este ano terem sido revistas, face às últimas indicações de dezembro de 2014, o mercado do investimento publitiário nos meios digitais está em crescimento, segundo dados reunidos pelo Warc. Esta fonte afirma, em termos reais (considerando a inflação) um crescimento de 1,2% do mercado publicitário dos doze maiores mundiais.
Segundo a notícia da ACEPI - Associação da Economia Digital que cita as previsões da Warc, para 2016 o crescimento rondará os 2,4% levando já em consideração a inflação.
A Índia e a China são os mercados onde se estima que a publicidade tenha o maior crescimento, respetivamente 16,1% e 9%, embora registem elevados níveis de inflação. No Reino Unido espera-se uma melhoria de 6,6%.
Em sentido oposto, antecipa-se uma quebra de 13,1% do mercado publicitário na Rússia e de 0,2% em França, os únicos dois mercados em que se que se antecipam quebras em 2015.
Uma das áreas mais promissoras aparenta ser o mobile, a julgar pelos últimos dados publicados pelo Interactive Advertising Bureau (IAB), que indicam que as receitas em todo o mundo deverão ter crescido 65% entre 2013 e 2014, alcançando um total de 31,9 mil milhões de dólares.
A internet com os seus vídeos e redes sociais, a par do mobile serão, segundo os dados publicados, as categorias de media maior investimento publicitário a nível global em 2018.
A América do Norte originou a maior parte do bolo publicitário, mais precisamente 44,9% do total (14,32 mil milhões de dólares), seguida da região Ásia-Pacífico, 36,5% (11,63 mil milhões de dólares). Com gastos de 5,31 mil milhões de dólares, a Europa soma 16,6% de quota.
O restante bolo é dividido entre o Médio Oriente e África, com 379 milhões de dólares e 1,2% de quota, e finalmente a América Latina, com 239 milhões e 0,8% de quota.
A ausência de grandes eventos como o Campeonato do Mundo da FIFA e os Jogos Olímpicos de Inverno, assim como o fraco crescimento em algumas zonas na Ásia e um enfraquecimento no mercado de televisão americano, explicam os resultados menos positivo previstos para este ano.