Hisao Tanaka, CEO da Toshiba, deverá deixar a liderança da empresa em Setembro para assumir a responsabilidade por irregularidades na empresa. Segundo notícia do Jornal de negócio baseada em fontes da Reuters, outros elementos da administração devem também abandonar as suas funções.
O CEO da Toshib a deverá deixar a liderança da empresa japonesa já no próximo mês de Setembro, de acordo com fontes próximas do processo citadas pela agência Reuters. Hisao Tanaka ocupa o cargo de CEO desde 2013 e, segundo a agência de informação, vai abandonar a liderança da empresa nipónica, tal como outros elementos da administração, para assumir a responsabilidade por irregularidades da empresa.
A Toshiba contratou elementos externos à companhia para investigarem práticas contabilísticas que, segundo fontes da agência, pode ter levado a que os lucros tenham sido superiores à realidade. As estimativas apontam que podem ter sido inflacionados em 170 mil milhões de ienes – mais de mil milhões de euros. Este valor é três vezes mais do que revelavam as primeiras estimativas – apontavam para cerca de 50 mil milhões de ienes.
Outras fontes desta mesma agência sustentam que as investigações estão a tentar apurar o papel que os altos funcionários da empresa tiveram nestas irregularidades, tentando perceber se houve encorajamento para estas práticas. O comité composto por entidades externas, e que está a levar a cabo as investigações, deverá revelar as suas conclusões na próxima semana. Ainda assim, a expectativa é que os especialistas recomendem uma reformulação da governação da Toshiba. Por conseguinte, vários elementos da administração deverão ser substituídos no encontro de accionistas agendado para Setembro, segundo fontes da Reuters.
A porta-voz da empresa japonesa apontou à Reuters que a empresa não tomou ainda qualquer decisão sobre esta questão, estando a aguardar para que o relatório do comité seja revelado.
As acções da Toshiba encerraram a cair 1,78% para 374,9 ienes tendo, no entanto, ao longo da sessão recuado 2,38% para 372,6 ienes.
Cortesia Jornal de Notícias
Foto: Reuters