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Disputa sobre acções do El Corte Inglés começa hoje a ser julgada
2007-03-12

O Tribunal Comercial número 3 de Madrid começou hoje a mediar o conflito que opõe o grupo El Corte Inglés e os irmãos Areces Fuentes, membros da família Areces, que detém uma participação significativa no retalhista.

Segundo o El Mundo, o contencioso, que se arrasta desde 2005, prende-se com a vontade dos irmãos Areces Fuentes venderem a sua participação na empresa e discordarem quanto ao preço proposto a pagar pela cadeia de distribuição. Os quatro irmãos interpuseram uma acção civil contra o El Corte Inglés, tanto pela diferença na valorização da sua participação de mais de 2,5 por cento no capital, como pela impossibilidade de vendê-la a pessoas alheias à família.

Para os Areces Fuentes, o valor de mercado do El Corte Inglés situa-se entre os 14.700 e os 16.600 milhões de euros, 2,3 vezes mais que o reconhecido nos livros, enquanto o El Corte Inglés avalia o grupo em 5.573 milhões de euros. Esta é a primeira vez que um tribunal é chamado a estabelecer o valor de um negócio que, no ano fiscal de 2005, reportou 15,9 mil milhões de euros em vendas.

Os irmãos Areces Fuentes, sobrinhos do fundador Ramón Areces e primos do actual presidente do El Corte Inglés, Isidoro Alvarez, que controla 57 por cento da sociedade, também se opõem aos novos estatutos aprovados pelo comité de accionistas, segundo os quais os títulos valorizam-se em função do “valor nos livros” em vez de se basearem no valor de mercado, como estipulavam os anteriores.

Por seu lado, o El Corte Inglés argumenta que os novos estatutos são válidos e gozam de presunção de legalidade porque contaram com o apoio de 85 por cento do comité de accionistas e já estão inscritos no Registo Comercial. O gigante espanhol da distribuição alega ainda que o preço reclamado pela família Areces Fuentes pela sua participação é “especulativo e totalmente alheado de um valor razoável, porque se baseia em estimativas futuristas de carácter indeterminado e inconstatável”, sustentando que o preço oferecido pela empresa é justo.

Caso a acção civil interposta pelos irmãos Areces Fuentes ganhe, é possível que outros membros da família coloquem a hipótese de vender a sua participação no El Corte Inglés, o que, segundo alguns membros, poderá obrigar Isidoro Alvarez a lançá-lo na Bolsa, uma opção a que tem resistido até agora. Alguns especialistas advertem que a acção civil pode ainda desencadear uma crise de sucessão no El Corte Inglés, já que Isidoro Alvarez não tem descendentes.

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L.Branca/PAE

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