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Empresários veem na crise angolana a maior ameaça à economia nacional
2015-03-16

Confiança dos gestores atinge, contudo, o valor mais alto desde 2013. Maioria recomenda reindustrialização como grande aposta para este ano

A crise do mercado angolano, gerada pela forte desvalorização do preço do petróleo, encabeça a lista de maiores ameaças – definida pelos empresários nacionais na primeira edição do ano do Barómetro Kaizen – ao desempenho da economia portuguesa em 2015. A esta opinião, que é defendida por 27 por cento dos gestores inquiridos, segue-se a descida geral e continuada dos preços (deflação), partilhada por 17 por cento dos inquiridos, e, em terceiro lugar, as eleições legislativas agendadas para o último quadrimestre do ano (13 por cento).

Redução das exportações (99 por cento), problemas de tesouraria decorrentes do atraso nos pagamentos (78 por cento) e regresso de muitos portugueses ao mercado de trabalho nacional (72 por cento) são, pela respetiva ordem, os principais impactos que os gestores preveem que a situação vivida em Angola venha a gerar em Portugal. Apesar de tudo isto, os empresários respiram confiança. 82 por cento perspetiva que o desempenho do setor seja melhor que em 2014. Esta ideia é reforçada pelo nível de confiança dos gestores: este índice atinge agora os 12,3 valores – numa escala de 0 a 20 –, o valor mais alto desde janeiro de 2013, momento em que começou a ser medido pelo Barómetro Kaizen e em que se situava em terreno negativo.

Citada por 62 por cento dos inquiridos, reindustrialização é palavra de ordem dos gestores quando chamados a identificar aquela que consideram que deve ser a grande aposta económica do país para 2015. Apenas 12 por cento dos empresários olha para o turismo como o foco da estratégia, apesar dos recentes desempenhos do setor. No que toca aos caminhos a seguir por cada organização, destacam-se três eixos para os quais os empresários vão, sobretudo, dirigir as atenções: melhoria da qualidade de produtos/serviços (referida por 59 por cento dos inquiridos), aumento da rentabilidade (56 por cento) e inovação (51 por cento).

Estímulos do BCE à economia são vantajosos para Portugal

Cerca de dois terços (65 por cento) dos gestores inquiridos pelo Barómetro Kaizen consideram que a ação do Banco Central de Europeu (BCE) de capitalizar o sistema financeiro trará benefícios para a economia portuguesa, na medida em que gerará maior liquidez ao mercado e estimulará o consumo. Visão oposta é defendida por 25 por cento dos respondentes que consideram que o impacto da medida será nulo, argumentando que o dinheiro dificilmente chegará às empresas e às famílias.


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L.Branca/PAE

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