Segundo o estudo “Centros Comerciais (Mercado Ibérico)” publicado pela Informa D&B, a debilidade do consumo das famílias e a quebra de ocupação provocaram nos últimos anos um aumento da concorrência no sector dos centros comerciais e uma significativa descida dos preços de arrendamento de espaços.
Neste contexto, manteve-se a tendência de desenvolvimento lento de projectos de construção de novos centros comerciais, tanto em Espanha como em Portugal.
Em finais de 2013 existiam 718 centros comerciais no conjunto do mercado ibérico, dos quais 550 localizavam-se em Espanha e os restantes 168 em Portugal. A Área Bruta Locável (ABL) destes dois países somava 18,3 milhões de metros quadrados. Neste exercício, o stock total da ABL no mercado ibérico aumentou apenas 1%.
Em Espanha, as comunidades autónomas da Andaluzia e Madrid são as que concentram maior oferta, com 107 e 96 no final de 2013, respectivamente. Em termos de área, as mesmas comunidades autónomas reúnem uma fatia de 37% do stock total de ABL, seguidas pela comunidade Valenciana e pela Catalunha.
Em Portugal, Lisboa e Porto são os distritos onde existe maior concentração de oferta, com 35 e 26 centros comerciais, respectivamente, reunindo uma fatia de aproximadamente 50% do stock total de Área Bruta Locável.
O panorama concorrencial no sector alterou-se nos últimos anos, principalmente em Espanha, em consequência das numerosas operações de compra de centros comerciais lideradas por fundos de investimento.
No biénio 2014/2015 prevê-se uma ligeira retoma da nova oferta, ainda que com taxas de crescimento moderadas. No final de 2014, prevê-se que no conjunto do mercado ibérico estejam operacionais 724 centros, mais seis do que em finais de 2013, sendo expectável uma aceleração moderada do ritmo de crescimento em 2015. Quanto à Área Bruta Locável, aumentará muito moderadamente em 2014. O crescimento será maior em 2015, ano em se poderá registar uma variação no conjunto do mercado ibérico de aproximadamente 4%.
A remodelação e ampliação de centros constitui outra tendência a realçar no sector, num contexto de saturação comercial no principais núcleos populacionais, o que constitui um obstáculo à construção de novos estabelecimentos.
Com a cortesia da Grande Consumo.