Os franchisings do DIA estão a unir-se contra práticas abusivas alegadamente cometidas pelo grupo e que levam muitos destes a fechar portas. No Brasil, conseguiram fazer chegar estes supostos abusos ao Parlamento do Estado de São Paulo e, em Espanha, o Governo pediu à CNMC para abrir uma investigação. O problema já chegou inclusive à Comissão Europeia.

Francisco García Barba, presidente da Associação de Franchising (Asafras), assegura que em cada país onde a empresa actua estão a formar-se organizações para defender os seus interesses."Em Espanha, representamos mais de 80 franchisings, em Portugal outros tantos e em França entre 30 e 40".

Na denúncia, os franchisings afirmam que a empresa está a forçá-los a vender abaixo do custo. "Quando eu compro no DIA um determinado produto a um euro, dizem-me que pode ser vendido a 1,20 euros. Teoricamente esta é a minha margem. O problema é que o cliente vem de seguida com cada vez mais cupões de desconto que me obrigam a vender o mesmo produto a apenas 0,80 euros. Não se trata de que não ganho dinheiro, é que estou a perdê-lo”, disse Francisco García Barba.

O DIA respondeu com a garantia que tem uma rede de “franchising” de mais de 2.900 lojas em seis países, com um “modelo comprovado de sucesso”. “Entre uma rede tão grande de franchisings não excluímos que possa existir de alguma forma pontual alguma diferença de carácter contratual, sobre a qual logicamente não faremos nenhum comentários, visto que a empresa tem como política o respeito tanto quanto aos processos, como às decisões judiciais em todos os países nos quais está presente”, insiste o DIA, acrescentando que “o nível de litígios relacionados com esta matéria é inexistente".

Com a cortesia da Grande Consumo.