1.ª Conferência “Direct and Digital Marketing” da Mediapost reúne em Lisboa grandes nomes do Marketing
A Mediapost vai realizar, a 20 de Maio, a sua primeira conferência em Portugal sob o tema “Direct and Digital Marketing” (DDM), com prestigiados oradores nacionais e internacionais. No painel de oradores estão já confirmados nomes como os de Drayton Bird, Michael Leander, Yonathan Dominitz, Paulo Pinto (director geral de La Redoute em Espanha e Portugal) e Antoine Blanchys (director geral da Mediapost), que irão falar sobre o Marketing Multichannel, One2One Communication, Criatividade e Marketing Digital, trazendo diferentes “insights” e casos de referência. Em entrevista à Rm, Antoine Blanchys explica os objectivos de um congresso que pretende, acima de tudo, inspirar os participantes e desafiá-los com novas ideias e experiências de sucesso.
Rm- Qual o objectivo do congresso “Direct and Digital Marketing”? Porque razão decidiu a Mediapost avançar com esta iniciativa?
Antoine Blanchys - O Marketing é uma “ciência” ou, pelo menos, uma prática sempre viva. O objectivo da conferência “Direct & Digital Marketing” é partilhar no mercado português as evoluções mais relevantes no Marketing Digital, que está sujeito a constantes transformações. Evoluções relevantes que não são simples tendências ou efeitos de moda. São práticas que estão a ser adoptadas por multinacionais ou empresas de “e-commerce” de referência e que estão a moldar a forma como são comunicados e comercializados produtos e serviços.
Lá fora, as atenções estão agora viradas para estratégias de comunicação efectivas num contexto onde o consumidor é, de facto, multicanal, ou seja impactado simultaneamente no offline e no online. As tecnologias, o “Big Data”, possibilitam uma relação pessoal e eficaz entre as marcas e os consumidores, com base em Marketing Automation.
A Mediapost é especialista da relação com o cliente e que, por vocação, tem uma grande experiência junto do retalho. Manter uma relação duradoura e profícua com o consumidor é, simplesmente, perceber quem ele é, o que procura e quando tem interesse em concretizar uma compra. A boa proposta, na hora certa e no bom lugar é o sonho de qualquer “marketeer”. Nós temos tecnologia, know how e casos práticos que conseguimos importar e que nos permitem ajudar as marcas a fidelizar os clientes.
Rm - É um congresso virado para dentro ou para fora do sector do Marketing?
AB - É uma conferência que está sobretudo dirigida a “marketeers”. Mas, é também muito importante para gestores de topo, responsáveis pela relação com clientes ou directores de TI e responsáveis de unidades de negócio, com objectivos ou funções comerciais específicas. Nesta conferência todos eles irão encontrar novos conceitos e “insights” importantes para o seu progresso profissional.
Por exemplo, um dos “speakers” que vai estar presente, Yonathan Dominitz, fundador do projecto Mindscapes e líder de treinos de criatividade para agências de publicidade, digital, media, relações públicas, marketing e comunicação, concebeu um novo conceito “creative thinking toolbox” e através dele forma actualmente as equipas da Google a nível internacional. Ele virá apresentar, pela primeira vez em Lisboa, metodologias com base neste novo conceito de formação, que podem inspirar criativos e decisores com desafios diários.
Rm - Porque decidiram abordar o tema do Marketing Digital?
AB - Claramente, o digital passa por ciclos de evolução e renovação que são cada vez mais acelerados. Quem diria que o Facebook é um projecto que nasceu há meia dúzia de anos e agora é um meio com uma grande expansão quer ao nível nacional como mundial. A conferência pretende esclarecer a nova realidade multicanal e como impacta o marketing de hoje.
O retalho transforma-se e evolui ele próprio. Em Portugal, novos conceitos surgiram, com o forte crescimento do “e-commerce”, há serviços de “Drive” que se estão a propagar. Para o retalho, o digital é um desafio. Não nos podemos esquecer de como o Digital pode completar os “touch ooints” tradicionais que as cadeias têm com os clientes, nos pontos de venda, ou na publicidade “above the line”, e como tirar o melhor partido da comunicação digital, como o social media e o email marketing na experiência do consumidor.
Rm - Qual vai ser o contributo de cada um dos oradores?
AB - É uma conferência com um conteúdo muito rico, único, quer pelos oradores internacionais como nacionais. Drayton Bird colaborou directamente com David Ogilvy e tem uma experiência de topo de muitos anos em agências e junto de contas internacionais e nacionais. Entre nós, Paulo Pinto transformou a La Redoute de uma empresa de venda por correspondência para uma lógica de “e-commerce”, onde cerca de 80% das vendas passam pelo online.
Michael Leander irá falar sobre o “customer centricity” e a necessidade das marcas se adaptarem às suas metodologias de comunicação e de activação para um consumidor cada vez mais exigente, interventivo e informado. Também teremos intervenções da MetLife sobre este tema, da Accenture e da Google.
No conjunto, uma conferência única com partilha de experiências sobre várias dimensões do marketing de hoje.
Rm - O tema do Marketing Digital é tendência? Qual a sua importância para o sector?
AB - O digital é muito mais do que uma tendência. É uma realidade para o conjunto da população portuguesa, dos mais jovens aos seniores.
A relevância do digital, como elemento de informação sobre produtos e serviços, de partilha sobre experiências de consumo ou de opiniões, de formação, de decisão de compra, de activação de uma compra efectiva é cada vez maior. Trata-se de uma evolução transversal, que se propaga em todos os media e que impacta os comportamentos. Hoje, não há marketing sem uma componente digital. Amanhã, o marketing será de convergência online e offline.
Rm - Que outras tendências se vão abordar no congresso?
AB - Irá falar-se de criatividade e dos desafios criativos com a apresentação da “creative thinking tool” de Yonathan Dominitz, pela primeira vez em Portugal. E também dos novos paradigmas de consumo e dos comportamentos dos consumidores, através do conceito de “customer centricity”.
Rm - Quantos visitantes esperam?
AB - Cerca de 150 pessoas, responsáveis de topo e executivos em marketing, de múltiplos sectores de actividade. E também algumas empresas no sector da distribuição.
Rm - Como é que esperam que os profissionais saiam depois deste dia de congresso?
AB - Inspirados e, ao mesmo tempo, desafiados por novas ideias e experiências de sucesso. Sobretudo com o conhecimento das soluções que outras empresas implementaram para tirar proveito das oportunidades oferecidas pelo digital. Ganha-se muito tempo e eficácia em conhecer os métodos e as abordagens já experimentados por outros, que geraram sucesso. Para além disso, sei que alguns “speakers” têm um especial sentido de humor, portanto será um momento de descoberta muito bem passado.
Rm - Porque é que estas iniciativas são importantes para o sector?
AB No dia a dia, estamos todos muito ocupados… É importante ganharmos outras perspectivas, à luz de “business-cases” inspiradores, nacionais e internacionais. Podermos também partilhar experiências com profissionais de outras empresas que passam pelos mesmos desafios. O evento tem espaço para troca de experiências e networking, especialmente no momento de almoço e no After-Party.
Rm - Quais os desafios que o sector enfrenta?
AB - Consumidores cada vez mais informados e exigentes e que têm voz activa. Novos “touch points” entre as marcas e os clientes. Por exemplo, no sector da distribuição, em muitos casos, existem vários clientes, todos diferentes: o cliente da loja, o cliente do site online, o detentor do cartão de fidelidade, o “fã” na página Facebook. Na realidade, estes três ou quatro clientes são uma única pessoa. E esta pessoa pretende ser tratada como uma única. Beneficiar das vantagens do cartão na loja online, não ser interpelado quando tem uma reclamação pendente, beneficiar dos mesmos preços na loja física do que há poucos minutos quando navegava no site e não receber promoções para Ela enquanto se interessa em vestuário masculino. Para o retalho, significa assumir esta convergência, o “customer centricity” e munir-se das ferramentas e metodologias para servir de forma eficaz o cliente. Esta abordagem, desde que metódica, terá um potencial de ROI enorme para as marcas. Estudos mostram claramente aumento de compras, de visitas ou de oportunidades de “cross-sell”.