O volume de negócios da Sonae em 2013 foi de 4.821 milhões de euros, o que significa um crescimento de 3,2% face ao período homólogo. O reforço das quotas de mercado, preservando a rentabilidade operacional, e a aposta na internacionalização, com entrada em novos mercados e exploração de formatos alternativos, estão, segundo a empresa, entres os principais destaques do exercício passado
A propósito destes resultados, Paulo Azevedo, CEO da Sonae, afirma que “num ano cheio de desafios, tivémos de enfrentar um contexto de austeridade na Península Ibérica, com pressão sobre o rendimento das famílias e decréscimo do consumo privado, em particular no primeiro semestre do ano. No último trimestre do ano, pudemos já observar algum crescimento do mercado, quando comparado com o ano anterior, que parece ser consistente com a melhoria registada nos índices de confiança, no emprego e no endividamento líquido das famílias.”
Em 2013, a Sonae reforçou a sua vertente multinacional, alargando as suas actividades a novos mercados e passando a estar presente em 67 países. A Zippy abriu lojas em seis novos mercados e a Sonae Sierra inaugurou três novos centros comerciais no Brasil e na Alemanha. “A aposta em parcerias que passam por franchising e "wholesale" permitiu alargar a exportação dos nossos produtos a mais de 30 países, nomeadamente das marcas Continente, Zippy e Berg, contribuindo para um crescimento de dois dígitos das vendas dos negócios de retalho fora da Península Ibérica. A aposta na exportação está a dinamizar um conjunto alargado de empresas nacionais que trabalham com as nossas insígnias”, continua Paulo Azevedo.
A Sonae obteve ganhos de quota de mercado nas principais áreas de negócio e reforçou a sua aposta na internacionalização. De realçar que todas as unidades de negócio reforçaram as suas vendas durante o ano de 2013, sendo de destacar que a Sonae MC fortaleceu a sua liderança do mercado com um crescimento das vendas de 4,1% e a Sonae SR comprovou a sua capacidade de recuperação ao gerar um crescimento do volume de negócios de 11,9% no quarto trimestre de 2013.
O crescimento das vendas num enquadramento desafiante, a par do reforço da eficiência das operações, permitiu à Sonae alcançar um "underlying EBITDA" de 378 milhões de euros, mais 14,3% do que no período homólogo. A Sonae concretizou, assim, o objectivo de ganhar quota de mercado preservando a margem operacional, tendo a margem de "underlying EBITDA" atingido 7,8%, ou seja, 0,8 pontos percentuais acima do verificado no ano anterior.
O resultado directo aumentou 22% para 175 milhões de euros, demonstrando a forte melhoria operacional e uma consistente redução da dívida apesar do aumento da rúbrica de impostos e da alteração do método de consolidação do negócio de telecomunicações. Em resultado desta evolução operacional positiva e dos resultados indirectos, que foram impactados pelos ganhos resultantes da fusão entre a Zon e a Optimus, o resultado líquido atribuível a accionistas atingiu 319 milhões de euros.
O investimento nos negócios de retalho ascendeu a 164 milhões de euros, tendo aumentado 29% face ao ano anterior. Esta subida é essencialmente justificada pela abertura de novas lojas de retalho, pela aposta na internacionalização e pelo desenvolvimento de novos canais. A Sonae MC atingiu as 548 lojas no final de 2013 (mais 70 lojas face ao final de 2012), sendo de registar a abertura de um Continente em Portimão que substitui a loja algarvia que sofreu um incêndio, 11 Continente Modelo (incluindo oito na Ilha da Madeira) e cinco Continente Bom Dia, bem como expandiu o conceito de franchising Meu Super atingindo as 70 lojas. A Sonae SR atingiu as 579 lojas (mais 11), das quais 167 fora de Portugal. Através de lojas próprias e em franchising, as marcas da Sonae SR entraram em seis novos países durante 2013 – Estados Unidos, Jordânia, Líbano, Marrocos, Qatar e St Marteen – alargando a sua presença a 16 mercados no final do ano.
A dívida líquida total foi reduzida para 1.219 milhões de euros, 597 milhões de euros abaixo do valor relativo à mesma data em 2012, reflectindo a desconsolidação da Optimus mas também devido a uma geração de fluxo de caixa sustentável ao longo dos últimos 12 meses. A empresa continuou assim a reforçar a sua estrutura de capital, com a dívida líquida total a reduzir-se pelo 17.º trimestre consecutivo e a atingir 39% do capital investido no final de 2013.