A ofensiva da Albert Heinj na Bélgica poderá levar o Carrefour a rever a sua actividade no país, colocando-se mesmo, segundo a Rabobank, a hipótese de saída deste mercado, tal como equacionou e procedeu noutras regiões.
Até ao momento, a Bélgica potenciava as margens dos retalhistas. Veja-se os exemplos de Delhaize e Colruy, com resultados de exploração de, respectivamente, 4% e 6%. Contudo, nota o relatório da Rabobank, a chegada da holandesa Albert Heinj, com a sua política de preços baixos, poderá significar um período de forte concorrência e de esmagamento das margens. O banco de investimento considera que se trata de um esforço que o Carrefour não poderá fazer, dado que a sua rentabilidade neste país já é fraca.
Nesse sentido, tendo em conta as anteriores reestruturações efectuadas no país, a Rabobank não vê como o retalhista francês possa reduzir ainda mais os seus custos para financiar uma guerra de preços. A nova concorrência da Albert Heinj será, no entender do banco, particularmente difícil para os hipermercados Carrefour que já se ressentem da ausência de investimentos e de renovação. Deste modo, o relatório sugere a hipótese do Carrefour poder abandonar o mercado belga.
Com a cortesia da Grande Consumo.