O Grupo Metro vai fazer uma oferta pública de aquisição de 25% do capital da sua unidade de cash & carry na Rússia. Os títulos serão transaccionados durante o primeiro semestre, na Bolsa de Londres.

Esta operação enquadra-se na estratégia que tem vindo a ser implementada pelo grupo de retalho alemão para reestruturar o seu largo portfólio de cash & carries, supermercados, department stores e cadeias de electrónica, com o objectivo de reduzir a sua dívida e encaixar capitais.

De acordo com Olaf Koch, director executivo do Grupo Metro, esta oferta deverá permitir desenvolver o negócio de uma forma mais dinâmica, acelerando a expansão, e fortalecer as contas da empresa num mercado que é considerado pelo grupo retalhista como estratégico para o seu desenvolvimento futuro. O gestor avançou recentemente que se poderiam abrir cerca de 10 a 15 novas lojas ao ano neste mercado, mas a realidade tem sido bem diferente, com uma taxa de cinco novos pontos de venda.

Ao mesmo tempo, o Grupo Metro recusou uma oferta pelo seu negócio de cash & carry no Vietname no início do mês. Segundo a agência noticiosa Dow Jones, o CP Group, do bilionário Dhanin Chearavanont, continuaria interessado nestes activos no valor de mais de 500 milhões de dólares, não obstante a recusa inicial do grupo alemão.

Paralelamente, na Bélgica, a imprensa local dá conta de um plano de reestruturação que a direcção da Makro quer implementar e que poderá colocar em risco cerca de 370 postos de trabalho. A reorganização da empresa tem por objetivo reforçar o seu poder comercial e melhorar a estrutura de custos, de modo a assegurar um futuro sustentável para a Makro Bélgica, face à emergência do comércio electrónico e à crise económica.

De acordo com este plano, a estrutura interna de cada loja Makro deverá concentrada em três departamentos: vendas, fluxo dos produtos e serviços, para em última análise proporcionar uma melhor experiência de compra ao cliente. Além disso, serão disponibilizados mais serviços, nomeadamente um call center, ao mesmo tempo que a gestão dos recursos humanos e a contabilidade serão centralizadas. No que concerne os investimentos, a aposta na formação dos colaboradores e na modernização das lojas Makro será mantida. Os universos recentemente implementados serão aplicados em todas as lojas, que procurarão atrair novos públicos-alvo.

Com a cortesia da Grande Consumo.