No seu quinto ano no mercado espanhol, a Worten está a rever os objectivos traçados no plano de negócios delineado em 2008. De acordo com a Alimarket Electro, os responsáveis pela cadeia confiam que será possível conseguir resultados positivos no exercício de 2019, que permitam à empresa “continuar com normalidade a sua actividade e recuperar integralmente as bases negativas capitalizadas no fecho do exercício de 2012”, que ascendem a 70,25 milhões de euros.
A Sonae confia neste novo plano de negócios modificado e está a apoiar financeiramente a prossecução dos objectivos estabelecidos. Prova disso é o facto de desde 2009 o grupo português ter destinado para a sua filial espanhola cerca de 107,35 milhões de euros para sanear as contas, compensar as perdas e poder fazer face às dívidas. “A gestão dos riscos a que a Worten Espanha está exposta no desenvolvimento da sua actividade constitui um dos pilares básicos da actuação, de forma a preservar o valor dos activos e, consequentemente, o investimento dos accionistas”, indica a administração da cadeia portuguesa.
Nos últimos anos, a Worten tem aumentado o seu investimento em Espanha, até um total de 242,13 milhões de euros em 2012, fruto do processo de expansão neste mercado. De acordo com a publicação espanhola, e à luz do exercício passado, a principal família de produto para o seu volume de negócios é a informática, que contribuiu com 90,92 milhões de euros, seguindo-se a imagem e som (59,53 milhões de euros), os electrodomésticos (56,07 milhões de euros), o entretenimento (13,47 milhões de euros), as telecomunicações (8,18 milhões de euros) e outras famílias agrupadas de forma indiferenciada (13,96 milhões de euros). Mas os resultados de exploração continuam negativos, em 41,12 milhões de euros, e as perdas líquidas ascendem a 33,16 milhões de euros.
A Worten iniciou actividade em Espanha em 2008 com a compra dos activos da francesa Boulanger, por 25 milhões de euros, constituindo a filial Worten España Distribución. No ano passado, fechou o exercício com três novas aberturas, que contrastam com as 14 de 2011 e as 11 de 2010. Este travão no processo de expansão deve-se à situação do mercado de electrodomésticos e electrónica de consumo espanhol, mas também pelo facto de já ter uma razoável cobertura do território, com 42 pontos de venda e um total de 101.907 metros quadrados de área de venda.