O El Corte Inglés - Grandes Armazéns S.A. obteve, no exercício terminado a 28 de Fevereiro de 2013, que corresponde ao 11.º ano completo de actividade no nosso país, um volume de negócios de 373.780.607 euros, menos três que no período anterior, conforme o relatório e contas depositado na CRC e apresentado em Agosto na Assembleia Geral do Grupo em Madrid.
Os resultados brutos de exploração aumentaram 31 por cento para os 18,4 milhões, bem como os lucros líquidos de impostos que atingiram os 3.830.044 euros, um resultado que supera o do ano precedente, reflectindo já as eficiências conquistadas com os novos processos de inovação e gestão de existências e que determinaram uma descida nos custos operacionais.
Estes resultados foram considerados muito positivos pela empresa, dada a actual conjuntura económica e a retracção no consumo em Portugal. A manutenção, sem grandes alterações, do volume de vendas e dos resultados deveu-se, segundo os responsáveis, a uma melhoria nos processos de gestão e a um enorme esforço de inovação, traduzido em campanhas capazes de satisfazer os clientes e de conquistar novos segmentos; num esforço para manter uma excelente relação qualidade preço; adaptação às novas exigências de mercado e, sobretudo, na conservação dos principais atributos diferenciadores do El Corte Inglés, associados ao serviço, à qualidade e à garantia, que têm permitido a manutenção de uma relação de confiança com o mercado.
O El Corte Inglés inaugurou, no exercício de 2012, um supermercado no bairro do Restelo, em Lisboa, e, já em Maio deste ano, uma outra unidade Supercor em Braga. Estes estabelecimentos correspondem a um investimento de cerca de 20 milhões de euros e a sua abertura permitiu a criação de 120 postos de trabalho directos. Entretanto o El Corte Inglés continua a analisar o mercado e está atento a novas oportunidades, não descartando a possibilidade de ampliar a sua oferta no nosso país, mesmo neste cenário de contracção, o que, por si só, assevera a confiança que o grupo mantém no mercado nacional.
Aumento de 2,5% no EBIT
Paralelamente, o Grupo fechou o exercício de 2012 com um volume de negócios consolidado de 14.552,45 milhões de euros, o que corresponde a menos 7,76 por cento que no ano anterior, e um lucro líquido de 171,5 milhões de euros, 18,3 por cento inferior ao do exercício precedente.
Apesar da conjuntura económica, o resultado de exploração (EBIT) cresceu 2,5 por cento para os 336,4 milhões de euros, enquanto o benefício bruto de exploração (EBITDA) se cifrou nos 735 milhões de euros, menos 11 por cento. O “cash flow” fixou-se nos 676,64 milhões de euros, o que representa uma descida de 5,4 por cento.
Este período foi fortemente condicionado pela recessão económica geral que se fez sentir em Espanha e em Portugal e, particularmente, pela queda do consumo que, no caso do mercado espanhol, regista cinco anos consecutivos de recessão no sector da distribuição.
O presidente do El Corte Inglés, Isidoro Álvarez, assinalou na Assembleia Geral que a empresa “enfrenta os novos reptos com a determinação de sempre, com espírito de inovação, renovação e melhoria contínua”. E recordou que este esforço permite desenvolver, sistematicamente, propostas inovadoras. “Esta vocação – acrescentou – levou-nos a criar e a introduzir novas marcas e categorias de produtos e a sermos pioneiros em diversas áreas de actividade, com serviços renovados e adaptados aos nossos clientes”. Sublinhou ainda que o Grupo “conserva intactos os seus valores e as suas forças, mantém a sua quota de mercado e é uma referência para o consumidor. Quaisquer que sejam os comportamentos do mercado, propomo-nos continuar a desenvolver propostas inovadoras e impulsionar todas as áreas de negócio”. Neste sentido, o presidente do El Corte Inglés destacou o turismo de compras como uma das áreas com maior potencial de crescimento.
Isidoro Álvarez também explicou que o Grupo está a “optimizar a gestão na área de compras com três objectivos fundamentais: melhorar a cadeia de fornecimento, aperfeiçoar a gestão de existências e melhorar as margens, de forma a conseguir uma política de preços mais ajustada às exigências do mercado".
Com a cortesia da Grande Consumo.