Um estudo recente do Observador Cetelem indica que os consumidores pretendem ter um papel mais activo no ciclo de produção das marcas. Passivos durante muito tempo, os consumidores querem agora ser ouvidos, testar novos produtos e emitir as suas opiniões.

Esta é já uma tendência entre 72 por cento dos portugueses. A relação consumidor-marca é agora uma relação de sentido duplo e este deixa de ser considerado como um simples cliente e passa a ser visto como um verdadeiro parceiro das marcas.

O estudo mostra também que os europeus estão mais interessados em alugar em vez de comprar alguns produtos. Os portugueses destacam-se, claramente, com 59 por cento a preferir, por exemplo, alugar o seu material de lazer (média europeia de 43 por cento) e 61 por cento os seus equipamentos de bricolage e jardinagem (contra uma média europeia de 19 e 41 por cento respectivamente).

Para além do aluguer de bens, a ideia de uma subscrição de serviços, pelos quais os consumidores pagavam até agora a pronto, começa a ter alguns seguidores na Europa. São entre 54 e 59 por cento dos italianos, portugueses, húngaros e polacos que a vêem como uma solução económica de futuro nestes tempos de crise. São estes mesmos consumidores polacos, italianos e portugueses que seleccionam as fórmulas de subscrição de serviços de manutenção, de explicações particulares ou de jardinagem.