A Best Buy vai sair do mercado europeu, após o fim da parceria com a britânica Carphone Warehouse.
A maior retalhista mundial de electrodomésticos e electrónica de consumo vai vender a sua participação de 50 por cento na “joint-venture” por 775 milhões de dólares, pagos em numerário e em acções. A Best Buy paga ainda à Carphone Warehouse cerca de 45 milhões de dólares relacionados com acordos existentes e que se concluirão com o término da parceria.
Esta transacção irá permitir à Best Buy simplificar o seu negócio, melhorar o retorno dos seus investimentos e reforçar as suas contas. Segundo Hubert Joly, presidente e CEO da Best Buy, “após uma revisão do negócio e discussão com os nossos parceiros, concluímos que é o momento certo para chegar a este acordo com a Carphone Warehouse”.
Ambas as empresas aprovaram a transacção, que está, no entanto, ainda sujeita ao acordo dos accionistas da Carphone Warehouse. O negócio deverá estar concluído em Junho.
A “joint-venture” formada em 2008 tinha como objectivo a abertura de grandes lojas no mercado europeu, numa estratégia de “co-branding” com os nomes Best Buy e Carphone Warehouse. Porém, a economia aprofundou a sua recessão e em 2012 as lojas Best Buy no Reino Unido foram encerradas. Quando a separação das duas empresas estiver oficializada, a Carphone Warehouse vai também fechar as suas lojas em França.
A Best Buy assegurou, contudo, os direitos das pequenas lojas Best Buy Mobile nos Estados Unidos da América, pontos de venda que a Carphone Warehouse concebeu e que operava através da “joint-venture”. Estas lojas têm tido um bom desempenho e são já a fonte de 30 por cento dos lucros da Best Buy.
A Best Buy também utilizou a formação dada pela Carphone Warehouse aos colaboradores das pequenas lojas e aplicou-a, no ano passado, aos das suas “big-box”, o que poderá ter ajudado a cadeia a ter vendas acima do inicialmente previsto na época de Natal.
Do ponto de vista financeiro, a parceria mantida durante cinco anos com a Carphone Warehouse foi prejudicial para a Best Buy, com perdas no valor de 2,5 mil milhões de dólares. A retalhista norte-americana recusa, contudo, que possa tomar decisões semelhantes quanto a outros mercados internacionais. “Cada mercado internacional tem as suas especificidades e a venda das nossas operações na Europa não significa que possamos tomar uma acção similar noutros locais”, assegura Hubert Joly.