As vendas do Grupo Jerónimo Martins cresceram em contraciclo, quer face à desaceleração do crescimento na Polónia quer à contracção do mercado em Portugal, o que permitiu o aumento das quotas de mercado tanto da Biedronka como do Pingo Doce. Em termos consolidados, as vendas cresceram 15,6 por cento para os 2.772 milhões de euros, com a Biedronka a reforçar a sua posição de liderança e o Pingo Doce a manter uma dinâmica competitiva que lhe permitiu um aumento de 5,3 por cento das vendas, nos três primeiros meses de 2013.
As duas cadeias de retalho alimentar do grupo geraram 93 por cento das vendas consolidadas, com a Biedronka a representar 67por cento do total, um valor cerca de três pontos percentuais acima do verificado no primeiro trimestre do ano passado. O crescimento das vendas consolidadas foi, na sua maior parte, suportado por um crescimento de 6,3 por cento do "like-for-like" (LfL) e pela abertura de mais 241 lojas ao longo dos 12 meses terminados a 31 de Março passado.
O Recheio representa 6,3 por cento das vendas do grupo. Na rede grossista, que manteve inalterado o seu parque de 41 lojas, as vendas registaram uma diminuição de 2,1 por cento, como resultado da contracção do mercado, uma tendência que se foi tornando progressivamente mais evidente ao longo de 2012. Assim, o volume de negócios atingiu os 173 milhões de euros. Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística referentes ao canal HoReCa, as vendas deste segmento de mercado caíram 10,8 por cento em Janeiro deste ano. No que respeita ao retalho tradicional, o volume de negócios verificou uma queda de 4,7 por cento no primeiro mês do ano, segundo dados da Nielsen.
Na Colômbia, a ara inaugurou as suas primeiras cinco lojas na região do Eixo Cafeteiro, bem como um centro de cistribuição, localizado na cidade de Pereira, que suporta as operações nesta primeira região. Sendo ainda prematuro fazer um balanço, para Pedro Soares dos Santos, administrador-delegado do Grupo Jerónimo Martins, "a reacção inicial dos consumidores às primeiras aberturas de lojas é promissora e confirma a oportunidade que identificámos neste país".
Nesta geogrrafia, as perspectivas para o resto do ano passam pela expansão, com um plano de aberturas que aponta para um parque entre 30 a 40 lojas até ao final do ano, bem como introduzir no modelo os ajustamentos que vierem a revelar-se pertinentes para responder da forma mais assertiva às necessidades dos consumidores colombianos. O grupo prevê investir, em 2013, entre 650 e 700 milhões de euros, dos quais 70 por cento na Biedronka e cerca de 100 milhões de euros na Colômbia.
O foco do Pingo Doce manter-se-á no aumento da quota de mercado e, simultaneamente, na disciplina de racionalização de custos, por forma a melhorar, progressivamente, a sua rentabilidade. No âmbito do programa de redimensionamento logístico, está também em curso o investimento na construção de um novo centro de distribuição, no Sul de Portugal.