A Hisense, o maior fabricante chinês de televisores em quota de mercado, quer aumentar as suas vendas ao exterior nos próximos três anos, até que estas representem 50 por cento das vendas totais de TV, face aos actuais 30 por cento.
Segundo o China Daily, o ênfase vai ser colocado sobretudo no mercado norte-americano, onde a Hisense espera facturar este ano cerca de 700 milhões de dólares com o negócio de TV. Para melhor servir este mercado, a empresa pretende aumentar a produção na sua "joint-venture" no México, que actualmente tem capacidade para produzir entre 300 mil e 500 mil unidades ao ano. "Se nos conseguirmos estabelecer nos mercados chinês e norte-americano, então conseguimos posicionar-nos em qualquer mercado mundial", afirma Zhou Houjia, "chairman" da Hisense.
Nos Estados Unidos, a Hisense vai propor produtos de topo a um preço razoável. "O mercado norte-americano é o mais aberto do mundo e os consumidores exigem produtos com o mais elevado rácio entre preço e desempenho".
No ano passado, as vendas da Hisense totalizaram 81 mil milhões de yuans, cerca de 13 mil milhões de dólares, o que representa um crescimento de 13,2 por cento face a 2011. O lucro líquido cresceu 21,8 por cento para os 5,2 mil milhões de yuans. De acordo com a China Market Monitor, especializada na análise ao mercado de electrodomésticos chinês, a Hisense tem actualmente uma quota de 16,35 por cento do mercado chinês de LCD's e é, há nove ano consecutivos, o seu "top seller". O "chairman" da empresa acredita que vai conseguir arrecadar este título pelo décimo ano, mas no exterior os resultados ficam aquém dos do mercado doméstico, com a Hisense a posicionar-se em quinto ou sexto lugar, em termos de vendas de TV. "A nossa quota no exterior é relativamente baixa em termos de receitas totais e há muito espaço para melhorar".
No ano passado, as receitas com as vendas ao exterior aumentaram 20 por cento, com os Estados Unidos, Europa e Austrália a darem os melhores contributos para este crescimento. Para além do mercado norte-americano, Europa e África são destinos importantes na estratégia de expansão global da fabricante chinesa.
Para o "chairman" da Hisense, as marcas chinesas têm de ser competitivas, em termos de preço, nos mercados externos, mas também têm de ter a capacidade para concorrer com base noutros factores que não este. Estas empresas têm de se focar, desde o início, em construir uma imagem de marca, concentrando-se nos produtos e serviços e também no entendimento dos consumidores locais.
Leia mais sobre http://issuu.com/rm-revismarket/docs/midea_bx online. a estratégia das marcas chinesas» no artigo publicado na última edição impressa da Revismarket.