A HMV fechou todas as suas lojas na Irlanda, noticia o The Irish Times. A Deloitte, administradora de insolvência do retalhista de entretenimento britânico, concluiu que os 16 pontos de venda davam prejuízo e que não era possível atrair um comprador para o negócio.
David Carson, "partner" da Deloitte Irlanda, avançou em comunicado que as condições do mercado são muito difíceis, dada a concorrência dos retalhistas baseados na Internet e aos downloads digitais. Contudo, acrescentou, a retalhista era afectada por outras questões, nomeadamente os elevados valores das rendas.
Já na semana passada tinha sido anunciada a possibilidade de mais de 100 lojas da HMV fecharem portas, lançando no desemprego 1.500 pessoas. De acordo com o jornal Sun, os colaboradores já tinham sido informados que os pontos de venda encerrariam assim que o stock seja vendido
Um histórico da distribuição britânica, com 92 anos de actividade e uma rede de 223 lojas, a HMV entrou em insolvência no passado mês de Janeiro, sob a administração da Deloitte. De acordo com um artigo da consultora Euromonitor, os principais problemas da HMV são a sua incapacidade para se adaptar à evolução da tecnologia de uma forma eficaz. "Dedicava-se aos DVD's na era do Netflix e apostava manter uma rede massiva de lojas no tempo do retalho pela Internet".
A HMV é apenas a última protagonista de uma história que já vai longa e fez várias "vitimas". Em 2012, o Grupo Game, antes o bastião dos vídeojogos, capitulou, depois de muitas dificuldades tornar o seu negócio numa plataforma online mais rentável. Ainda no Reino Unido, os retalhistas electro Comet e Jessops também entraram em insolvência. O Grupo PPR alienou recentemente a Fnac, cotando-a em bolsa.