80 por cento do volume de vendas de bens de grande consumo concentra apenas nove por cento das referências fabricadas. No actual cenário de crise económica, os consumidores compram menos produtos e mais marcasda distribuição, segundo um estudo da Bain & Company citado pela Europapress.
O estudo revela que o cesto típico tem apenas 22 artigos únicos por compra, quando para cada produto adquirido existe uma oferta de 200 referências. A consultora sublinha que será lógica uma ainda maior racionalização do sortido dos fabricantes e das cadeias de distribuição, trabalho que estas estão a fazer enquanto os produtores preferem esperar para ver o que passos dá a concorrência.
Entre 2000 e 2011, o número de produtos de grande consumo cresceu 40 por cento. O estudo destaca que os fabricantes enfrentam o grande desafio de colocar mais referências em lojas mais pequenas, num espaço mais reduzido e menos visível no linear, para chamar a atenção de um consumidor mais desinteressado. A dimensão média das lojas encolheu 30 por cento e o cliente passou a comprar mais no supermercado, em detrimento do hipermercado. O sortido também se simplificou, com mais marcas próprias e menos referências da indústria. A Bain & Company nota que o espaço em linear se tornou num activo crítico para os fabricantes, já que a marca de distribuição se expandiu fisicamente e as marcas da indústria têm um espaço cada vez mais pequeno e menos visível e acessível.