Quase 36 por cento das transações diárias feitas nos sites de descontos em Portugal destina-se à aquisição de artigos de moda (roupas e acessórios) e produtos variados, como “gadgets”, pequenos electrodomésticos, colchões e almofadas, artigos de beleza, perfumes, livros ou brinquedos, revela o relatório Forretas.com, que teve por base a análise de vendas de sete sites de descontos, entre Janeiro e Setembro deste ano.

Os portugueses gastam mais nas ofertas na área da moda e produtos (quase 36%) e menos em ofertas de cursos e formação. A categoria de saúde e beleza é responsável por cerca de 25 por cento das vendas destes sites e a venda de viagens, estadias em hotéis, cruzeiros ou spas por 24 por cento.

Entre Janeiro e Setembro, o mercado dos sites de descontos facturou, aproximadamente, 16,7 milhões de euros. Julho e Agosto foram meses de forte crescimento, devido às ofertas de turismo, hotelaria e lazer.

Os períodos tradicionais de férias apresentam valores de venda mais elevados quando comparados com outros momentos. Setembro registou um valor médio de venda de 38,25 euros, 36,80 euros em Fevereiro e 36,61 euros em Junho, contrapondo aos 23,16 euros verificados em Abril. A área do turismo tem também o valor médio de compra mais elevado de todas as categorias dos sites de desconto: 65 euros.

Quem procura os sites de desconto tem como principal objectivo adquirir bens e serviços a um bom preço, permitindo-lhes usufruir dos mesmos mas poupando. No período de Janeiro a Setembro, o relatório do Forretas.com conclui que os portugueses, ao fazerem as suas compras em sites de desconto, conseguiram poupar 27,1 milhões de euros, o que reflecte uma média de poupança de 62,1 por cento face ao preço normal dos serviços e produtos em 2012.

A faixa etária 25-44 anos representa 72 por cento dos compradores e as mulheres assumem-se como o principal consumidor. A grande maioria dos compradores visita os sites de descontos todos os dias (43%) e apenas 21 por cento consulta o site só quando recebe no e-mail algo que lhe interessa. Em termos geográficos, os grandes centros urbanos são os que agregam mais consumidores: Grande Lisboa e Grande Porto são responsáveis por 71 por cento das compras.