Segundo a consultora imobiliária global Cushman & Wakefield (C&W), no primeiro semestrehouve um agravamento da performance do mercado de investimento imobiliário português, continuando a reflectir a crise financeira que se vive em Portugal. Entre Janeiro e Junho foram registados negócios de investimento no sector comercial (excluindo o investimento institucional no sector residencial) que totalizaram um valor na ordem dos 53 milhões euros, reflectindo uma nova quebra face a igual período do ano anterior, neste caso de cerca de 55 por cento.
A situação económica do país e as fortes restrições ao financiamento bancário continuam a causar prudência nos investidores e financiadores, gerando um forte impacto na actividade de investimento imobiliário no primeiro semestre. O volume médio por negócio de investimento comercial na primeira metade do ano foi de aproximadamente 7,6 milhões de euros, valor abaixo do mesmo período em 2011, de 10,2 milhões euros, e metade da média nos últimos dez anos, na ordem dos 17 milhões de euros.
O maior negócio do semestre foi a compra do edifício Castilho 5, por parte do Montepio Associação Mutualista. Seguiu-se a compra do edifício Microsoft Lisbon Experience (ex pavilhão da realidade virtual), recentemente ocupado pela Microsoft e adquirido por um investidor privado brasileiro. Influenciado por estes dois negócios, o sector de escritórios foi responsável pela quase totalidade do investimento no segmento comercial no primeiro semestre (90%).