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Portugueses cortam no consumo pessoal para assegurar o futuro dos filhos
2012-09-20

As classes médias europeias têm vindo a privilegiar as despesas com os seus filhos em detrimento do seu próprio consumo. Portugal é líder nesta questão e 81 por cento dos consumidores inquiridos admite já ter feito sacrifícios pessoais para não reduzir as despesas consagradas aos filhos.

O futuro dos descendentes é assim uma prioridade para 64 por cento dos consumidores portugueses. Aliás, Portugal é o único país da Europa Ocidental que coloca as preocupações com o futuro dos filhos em primeiro lugar. Estas são algumas das conclusões apresentadas pelo Barómetro Europeu do Observador Cetelem, que analisa “As classes Médias na Europa”, mais precisamente o impacto da crise no seu dia-a-dia e as suas prioridades para precaver o futuro.

Segundo este estudo, a classe média considera-se em pleno processo de empobrecimento. É a que mais se sente afectada pela crise europeia e tem vindo a adaptar-se ao impacto de sucessivas medidas de austeridade, ao aumento dos preços e a alguns sacrifícios pessoais em termos de lazer. A protecção em termos de saúde e o futuro da educação dos filhos são as suas principais prioridades. Os portugueses destacam-se por serem os únicos a focar a importância da poupança (51%) no pódio das preocupações pessoais. Para os restantes países desta zona europeia, a protecção em termos de saúde é a principal preocupação (59,1%) e o segundo entre os portugueses (52%).

Esta preocupação atribuída ao futuro dos filhos não constitui uma surpresa numa conjuntura económica difícil, com uma taxa de desemprego elevada que suscita inquietações em relação ao seu futuro profissional. As famílias portuguesas da classe média aparecem em terceiro lugar nas mais endividadas entre 12 países, com dívidas de 4.665 euros por ano. Os sinais de pertença à classe média deixaram de ser o tipo de habitação ou a gama do automóvel, para passarem a ser representados pela capacidade de financiar a sua saúde, a sua reforma e o futuro dos filhos. Para os consumidores portugueses ser/tornar-se proprietário de uma residência principal foi a preocupação pessoal menos referenciada pelos inquiridos, apenas 25 por cento.

A educação, o conforto e os equipamentos de informática são as principais prioridades em termos de despesa para os pais portugueses. 91 por cento das famílias da classe média portuguesa coloca o conforto dos filhos (como por exemplo, as consultas de ortodontia) no centro das despesas e para as quais estão dispostos a fazer todos os sacrifícios necessários. Em seguida, surgem as despesas com a educação para 87 por cento dos inquiridos e em terceiro o material informático (57%). A aquisição de telemóveis surge em quarto lugar (47%) e entre os produtos menos referenciados encontram-se as roupas de marca, os jogos de vídeo, a televisão e o hi-fi (39%).


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L.Branca/PAE

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