De acordo com o mais recente estudo da CBRE sobre o mercado português de retalho, o comércio de rua das zonas prestigiadas de Lisboa, apesar da conjuntura económica pouco favorável em Portugal, revelou um bom desempenho, devido ao dinamismo das marcas de luxo internacionais, muito procuradas principalmente por estrangeiros oriundos de países emergentes, como Angola ou Brasil.
No entanto, à parte do segmento de luxo, o mercado de retalho está bastante retraído. Em 2011, foram inaugurados, em Portugal, 103.800 metros quadrados, o que representa um acréscimo de 35 por cento face ao ano anterior. Já em 2012, não se prevê aberturas de empreendimentos comerciais e os projectos que estão, actualmente, em construção só serão inaugurados em 2013.
No que diz respeito às rendas, o estudo MarketView da CBRE revela que 2011 caracterizou-se pela estabilidade das rendas prime em todos os formatos de retalho, com excepção dos retail parks.
O estudo da CBRE aponta, ainda, uma nova tendência no investimento em imóveis de retalho, onde há maior interesse nas lojas de rua em detrimento dos empreendimentos comercias. Esta tendência é motivada, não só pela alteração do tipo de investidores que estão a actuar no mercado (privados de menor dimensão), mas também pelo bom dinamismo e atractividade que as lojas de rua prime têm revelado. Contudo, existe alguma escassez de activos desta natureza disponíveis para venda.
Apesar desta tendência, os centros comerciais continuam a ser os principais responsáveis pela colocação de oferta nova no mercado. Durante 2011 foram inaugurados o Fórum Sintra, resultante da expansão do Feira Nova Gallery e cuja área de expansão foi de 41.200 metros quadrados, e o Aqua Portimão, situado no Algarve e com 35.500 metros quadrados de ABL. Em 2011 foi, ainda, expandido o Jumbo Shopping Centre de Famalicão em cerca de 4.400 metros quadrados.