A Atos Consulting considera que os tradicionais intervenientes nas telecomunicações integradas vão especializar-se numa das áreas dos respectivos negócios.

Num documento técnico intitulado “Repensar as telecomunicações tradicionais: a necessidade de canais e marcas independentes”, a Atos Consulting revela que as alterações no comportamento dos consumidores, as novas políticas governamentais e a entrada de novos operadores são os três factores que estão na origem de uma redução do investimento. Estes factores obrigam as telecomunicações integradas a concentrarem-se ou nas marcas (fornecimento de serviços) ou nos canais (fornecimento de rede e tecnologia). Face a este cenário, as telecomunicações integradas tradicionais terão de reagir.

Através desta análise, a Atos Consulting disponibiliza três passos sequenciais a ser adoptados pelas telecomunicações tradicionais no seu percurso para um modelo de marca ou de canal. Este documento foi revelado durante a presença da Atos no Congresso Mundial de Tecnologia Móvel 2012 com o tema “Aspiração à aplicação”, cujo objetivo é debater as suas inovações .

De acordo com a empresa, o fornecedor de telecomunicações tradicional terá de abandonar a actual abordagem aos seus negócios como interveniente integrado. A flexibilidade é, agora, a palavra de ordem, através de uma mudança de atitude que exige uma abordagem concentrada. O foco recai sobre a oferta do canal mais eficaz para um cliente empresarial em termos de custos ou em ter a marca mais bem vista pelo cliente. Serviços, plataformas e produtos uniformizados e abertos são a norma.

O cenário de marcas e canais descreve um mundo no qual as marcas são geridas separadamente dos canais. As marcas vão colmatar as suas necessidades em termos de infraestruturas através de empresas especializadas em infraestruturas e os canais vão especializar-se em infraestruturas e em serviços. Se este cenário se concretizar, as telecomunicações tradicionais terão de preparar o seu actual negócio para canais e marcas. Em primeiro lugar, as telecomunicações tradicionais deverão posicionar os canais e marcas de forma independente nas organizações. Isto permitir-lhes-á fazer parcerias com outras empresas de canais e marcas. As próprias operações deverão ser separadas em termos de governança.