A Associação de Defesa do Consumidor (Deco) registou em 2010 1.306 reclamações associadas a problemas com a venda de produtos na Internet. Este ano, até ao final de Setembro, a associação já recebeu 1.314 reclamações.

“Nota-se um ligeiro aumento de denúncias e acreditamos que vão continuar a crescer, porque o comércio electrónico é cada vez mais usado para adquirir produtos e contratar serviços”, explica à Lusa Ana Sofia Ferreira, jurista da Deco.

O aumento de denúncias levou a que a Deco decidisse, em 2009, começar a separar os casos de compras “tradicionais” das electrónicas. No total, nos últimos dois anos, mais de 2.600 pessoas recorreram à associação devido a problemas ligados a compras electrónicas.

No topo das queixas surgem questões associadas ao atraso na entrega dos bens mas também casos em que não correspondem ao comprado na Internet.

De acordo com um estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), entre 2006 e 2010 o número de pessoas a efectuar encomendas pela Internet duplicou. No ano passado, 10 por cento da população entre os 16 e 74 anos já recorria ao computador para fazer compras.