O retalho não alimentar foi o grande “culpado” pelo crescimento fraco do sector da distribuição moderna portuguesa e 2010.

Segundo o Barómetro de Vendas 2010 da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), apresentado na passada sexta-feira, dia 1 de Julho, se, globalmente, o sector da distribuição cresceu 0,8 por cento, atingindo os 17,425 mil milhões de euros, contra os 17.280 milhões de ano anterior, isso deveu-se, fundamentalmente à performance do retalho alimentar, que registou um crescimento de 2,8 por cento no volume de vendas, 12.164 milhões de euros. Em oposição, o não alimentar caiu 3,5 por cento, para os 5.261 milhões de vendas.

Dentro deste segmento registaram-se comportamentos distintos. O desempenho globalmente negativo fica a dever-se claramente à queda observada no vestuário (-7,8%). Outras áreas ficaram também no vermelho, se bem que de forma menos expressiva, nomeadamente o entretenimento (livros, consolas e seus acessórios, software e filmes) e a papelaria perderam 1,3 por cento face a 2009 e os bens de equipamento, onde se incluem os mercados da electrónica de consumo, os grandes e os pequenos domésticos, a informática e as telecomunicações, decresceram 0,4 por cento.