O Grupo Fagor Electrodomésticos encerrou 2010 com um resultado operacional de 19,3 milhões de euros, superando os dados de 2009 em 8,9 milhões de euros. A empresa encerrou o exercício com uma facturação de 1 400 milhões de euros.
Os resultados registados na linha branca, actividade central do grupo, ultrapassaram os 20 milhões de euros e o EBITDA aumentou 15 milhões de euros, uma importante melhoria que se deve fundamentalmente a uma forte orientação da empresa na rentabilidade num ambiente novamente complicado.
Mais uma vez, o grupo manteve a sua posição como quinto fabricante europeu de electrodomésticos, com uma quota de mercado de 18,1 por cento em Espanha (Fonte: Anfel), 14,2 por cento em França (Fonte: Gifam) e 8,9 por cento na Polónia (Fonte: Ceded Polska), sendo a empresa líder nos dois primeiros países e ocupando também posições de prestígio na Polónia. O mercado de electrodomésticos ressentiu-se nos últimos anos de uma complicada situação económica, agravada pela drástica queda do consumo doméstico, o endurecimento das condições financeiras, a gradual subida dos tipos de interesses, assim como o aumento do preço dos materiais. Tudo isto levou a uma diminuição da actividade de 4,3 por cento em Espanha, em relação a 2009, e uma descida acumulada de 45,5 por cento em relação a 2007. Noutros mercados chave para o grupo, tais como França, denota-se uma lenta recuperação de 0,3 por cento. No caso polaco, a diminuição registada foi de 0,4 por cento.
Em Portugal, os resultados obtidos, revelam, segundo a Fagor, uma clara melhoria em relação às previsões, conseguindo os crescimentos exigidos à filial e nos produtos Focus. A Fagor Lusitana conseguiu reforçar a sua presença com um crescimento de 13,8 por cento, alcançando quotas de mercado importantes no encastre, área estratégica para o grupo, de 8,6 por cento (GfK). Em 2010, registou-se também um de forte crescimento para a área de pequenos electrodomésticos.
As previsões para 2011 supõem um crescimento de 7,6 por cento em volume de vendas e um investimento de 46 milhões de euros no desenvolvimento de novos produtos. Nesta conjuntura económica tão delicada, a empresa continua a implementar medidas e mecanismos próprios do seu modelo cooperativo, que considera uma vantagem competitiva sobre a concorrência para enfrentar a crise. Neste sentido, contemplam-se acções face à melhoria da eficiência interna, o aproveitamento das oportunidades de crescimento de vendas em países em fase de expansão, a recuperação da rentabilidade nos dois próximos exercícios do Plano Estratégico, tudo isto com o menor impacto possível sobre o emprego.