Recessão e conectividade Web motivam nova segmentação dos consumidores portugueses
“Rural Seniors”, “E-shoppers”, “Under Pressure”, “Enjoy Life”, “Urban Family”, “Young Trendy”, “Demanding” e “Opportunist”. Assim se dividem os “shoppers” portugueses, de acordo com a nova segmentação da Kantar Worldpanel Portugal.
As tendências de consumo do presente e as expectativas para os próximos dois anos estão na origem desta nova segmentação do Shopper, que acrescenta um novo elemento aos critérios já tidos em conta noutras segmentações, a conectividade Web. Os lares portugueses passam hoje cada vez mais tempo online, cerca de 70 por cento têm acesso à Internet dentro ou fora de casa e há um enorme crescimento do acesso à Internet móvel e também via telemóvel. Este factor, juntamente com a recessão, justificam esta actualização da tipologia do consumidor português.
De acordo com esta nova tipologia, os consumidores portugueses passam a dividir-se em oito novos grupos. Os “Rural Seniors” correspondem a 19,7 por cento dos lares portugueses e compram sobretudo no canal tradicional. Apresentam um gasto por acto de compra baixo, mas também porque têm uma frequência de compra superior à média. Compram marcas da distribuição abaixo da média nacional, preocupam-se com o meio ambiente e com a saúde. Representam 18,1 por cento do valor total gasto em produtos de grande consum em Portugal.
O segundo maior grupo, os “E-Shopper”, corresponde a 16,8 por cento dos lares portugueses e são consumidores que fazem compras, sobretudo, online. Representam 17,2 por cento do valor total gasto em produtos de grande consumo em Portugal.
As famílias que vivem sobre pressão económica e que, por essa mesma razão, baseiam as suas compras nos factores preço e promoções integram o grupo dos “Under pressure”. Correspondem a 12,5 por cento dos lares portugueses e o seu gasto anual em produtos de grande consumo está 16,3 por cento acima da média nacional.
Por seu turno, os consumidores englobados no grupo “Enjoy Life” caracterizam-se por gostar de aproveitar a vida ao máximo e correspondem a 12,4 por cento dos lares portugueses. Estão preocupados, sobretudo, com a saúde e realizam 12,4 por cento do gasto total em produtos de grande consumo.
As famílias urbanas grandes compõe o grupo “Urban Family”. Correspondem a 12,2 por cento dos lares portugueses e, quando vão às compras, preferem a conveniência, em detrimento do preço. O seu gasto por acto de compra é 15,3 por cento superior à média nacional, bem como a compra de MDD’s. O seu gasto anual em produtos de grande consumo tem um peso de 11,9 por cento.
“Young Trendy” são os lares que gostam de marcas e de inovações. Correspondem 11,3 por cento dos lares portugueses e o valor anual gasto em produtos de grande consumo é de 10,6 por cento, sendo seis por cento abaixo da média nacional. Preocupam-se com o meio ambiente e gostam de procurar promoções.
O sétimo grupo é composto pelos “shoppers” “Demanding”. Para eles, tudo é importante e não abdicam de nada. São 8,5 por cento dos lares portugueses e o valor anual gasto em produtos de grande consumo é de 8,5 por cento. Fazem menos actos de compra que a média nacional (menos 5,6 por cento) e, quando fazem compras, valorizam todos os “drivers” (conveniência, ambiente, saúde, preço, promoções e conectividade).
Finalmente, os “Opportunist” compram marcas, dependendo da oferta, valorizando a conveniência, a saúde e o preço. Correspondem a 6,7 por cento dos lares portugueses e o seu gasto anual em produtos de grande consumo tem um peso de 6,8 por cento. No que diz respeito a compras online, estão 24 por cento abaixo da média nacional.