No terceiro trimestre, tal como já tinha acontecido no segundo, registou-se um forte e repentino aumento no número de anexos maliciosos nas mensagens de spam. No trimestre analisado pela Kaspersky, as mensagens com anexos nocivos constituíram 4,6 por cento de todo o tráfego de correio electrónico.
Durante toda a história da monitorização aos níveis de spam nunca se tinham registado valores similares.
O continente asiático continua a ser região geográfica que mais e-mails não desejados envia. A Europa é a líder entre as regiões produtoras de spam, enquanto a quota da América Latina se viu reduzida consideravelmente. A América Latina, que ocupava o segundo posto do TOP 20 em termos de disseminação de spam, caiu para quinto lugar, tendo passado dos 16,3 para os 10,7 por cento. Pelo contrário, o contributo da Europa Ocidental para o volume mundial de spam aumentou, alcançando um valor equivalente a 23,1 por cento, contra os 16,2 por cento do segundo trimestre. Como é já habitual, os EUA estão em primeiro lugar no ranking dos países de origem de spam.
O terceiro trimestre de 2010 foi também marcado por alguns acontecimentos favoráveis à indústria anti-spam. No passado mês de Agosto, graças às oportunas medidas adoptadas por um grupo de empresas, foram encerrados mais de 20 centros de administração da botnet Pushdo/Cutwail, responsável pelo envio de 10 por cento de todo o spam do mundo. O perigo desta botnet não só se prende com o elevado volume de spam que distribui na rede, como também no facto de ser a responsável pela propagação de programas maliciosos de particular perigosidade, como o Zbot, ZeuS e TDSS.
Em Setembro, o programa de afiliados SpamIt anunciou o seu próprio encerramento. Este programa foi o responsável pela propagação de um grande volume de spam que publicitava fármacos. Este tipo de spam, que durante os dois primeiros trimestres de 2010 tinha perdido algumas posições na classificação, voltou a ocupar o topo da lista.
O fenómeno do spam está a tornar-se em algo cada vez mais perigoso, já que as mensagens enviadas pelos spammers contêm um número cada vez maior de ficheiros anexos maliciosos e de vínculos que conduzem a páginas Web infectadas.
Entre as organizações mais atacadas pelos phishers, a PayPal ocupa o primeiro lugar. Entre os cinco líderes estão a rede social Facebook e o jogo online WoW.