Três quartos dos portugueses acham que economia nacional estará pior daqui a um ano
O Barómetro Político da Marktest vem mostrar em Outubro um índice de pessimismo nunca antes observado, com mais de três quartos dos inquiridos a entender que, daqui a um ano, a economia nacional estará ainda pior que hoje.
O índice de expectativa é o mais baixo de sempre, não indo além de 14,4 por cento, o que revela expectativas profundamente negativas dos portugueses relativamente à evolução da situação económica pessoal e do agregado familiar, bem como do país. O índice, que resulta de duas questões (expectativas face à situação económica pessoal e do agregado familiar e expectativas face à evolução da situação económica do país) mostra que o pessimismo é comum a ambas, mas os portugueses entendem que as dificuldades serão maiores para o país em geral do que para as suas famílias em particular.
Desde Janeiro de 2001, nunca neste período o índice tinha baixado dos 20 por cento. Até Outubro o mínimo tinha sido registado em Maio de 2008, quando se situou em 20,6 por cento. Já o valor máximo, de 57,6 por cento, havia sido observado em Março de 2005.
Estes resultados indicam que os portugueses estão muito pessimistas com o evoluir da situação económica pessoal e do país, sobretudo tendo em conta que estes resultados ocorrem poucas semanas depois do anúncio das medidas de austeridade pelo Governo. O índice caiu 19 pontos face ao mês anterior e 33 pontos face ao mesmo mês de 2009.
O pessimismo acentuado é comum a todos os estratos da população. A única excepção são os indivíduos que tencionam votar PS nas legislativas, que registam as expectativas menos pessimistas, com um índice de 25,9 por cento. Ainda assim, estão no limite do pessimismo acentuado (25%).
As mulheres, os mais idosos, os residentes no Litoral Norte e Centro, bem como os indivíduos das classes média baixa e baixa são os mais pessimistas.