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Principais temas que afectam o sector electro em debate no VIII Encontro Nacional de Electrodomésticos e Electrónica de Consumo da AGEFE
2010-10-14

Alguns dos principais e mais actuais temas que afectam e influenciam o sector electro estiveram esta quarta-feira, dia 13 de Outubro, em debate no VIII Encontro Nacional de Electrodomésticos e Electrónica de Consumo promovido pela AGEFE.

Representantes das empresas associadas da organização reuniram-se, durante dois dias, em Torres Vedras, no Hotel Campo Real, para trocar opiniões e conhecer alguns dos dados mais recentes deste mercado, num programa relevante e pertinente.

O encontro da AGEFE iniciou-se logo na terça-feira à noite, com um jantar de convívio onde houve lugar para uma palestra do humorista Pedro Tochas que, com o seu habitual tom irreverente, "colocou o dedo na ferida" em algumas das questões de atitude que marcam o mundo empresarial, concluindo que "ser sisudo não é sinal de competência, é só sinal de que se é sisudo".

O programa de trabalhos arrancou bem cedo ontem pela manhã, dividindo-se em quatro grandes temas centrais que congregaram diferentes intervenções. Depois da abertura dos trabalhos, onde a AGEFE comunicou alguns dos seus últimos projectos, nomeadamente a reformulação em curso do seu site, Miguel Faias, da GfK, desvendou alguns dos dados mais recentes da consultora sobre o mercado nacional e que permitiram constatar que, durante os primeiros oito meses de 2010, a evolução do mercado espelhou os ciclos promocionais da distribuição A apresentação da GfK revelou ainda que, neste período, a grande distribuição prosseguiu com os seus ganhos de quota e que cresce acima da média do mercado.

Esta conclusão foi explorada por Fernando Cardoso, presidente do Conselho de Administração da Sorefoz, nas suas perspectivas sobre o futuro da distribuição. De acordo com os dados apresentados por este responsável, no período de Janeiro a Agosto de 2010, aos independentes e associados coube uma quota superior da das cadeias verticais nas vendas de linha branca.

Sobre o futuro do sector, Fernando Cardoso apoiou-se na análise da evolução nos últimos anos para sustentar a sua opinião de que a componente do serviço irá assumir uma importância ainda maior. No seu entender, cada vez mais bens serão fornecidos como uma solução global, em pacotes com o serviço incluído, uma opinião que ganhou, de certo modo, materialização nas intervenções realizadas na parte da tarde, pelos responsáveis da Meo e da Zon, Luís Nascimento e Luís Gonçalves Lopes, sobre as novas formas de ver televisão.

Ainda durante a manhã, no tema subordinado à distribuição, houve lugar para a abordagem de Carlos Vieira de Castro, da Medibroker, que se debruçou sobre as questões relacionadas com a escassez de crédito nos mercados internacionais e que mecanismos as empresas do sector se podem socorrer, nomeadamente os seguros de crédito, para contrariar essa mesma escassez e passar uma mensagem de confiança quanto aos seus activos. A primeira metade do programa foi encerrada com o tema dos REEE, numa altura em que se trabalha numa reformulação da directiva actualmente em vigor, com as participações de Cristina Caldeira, da Associação Portuguesa do Ambiente, de Fernando Lamy da Foutoura, da Amb3E, e de Ricardo Neto, da ERP Portugal.

Durante a tarde, os consumidores foram o grande tema em debate, nomeadamente a evolução que têm sofrido e qual o seu comportamento ao nível do consumo de electrodomésticos e electrónica de consumo. Filipa Varela, da Marktest, trouxe algumas conclusões da mais recente vaga do estudo TGI, que revelaram, por exemplo, que 21 por cento dos consumidores portugueses compraram uma máquina fotográfica no último ano.

Ora, nas compras de electrodomésticos e electrónica de consumo, o preço é um "driver" importante para a maioria dos consumidores, segundo os dados apresentados por Carlos Figueiredo, da GfK. A questão que se levantou, imediatamente, perante a audiência é se a importância atribuída ao preço tem resultado numa preferência pelo produto simplesmente barato ou numa tendência de procura do melhor negócio possível mas privilegiando o valor acrescentado do produto. José Araújo, da Cidadela Electrónica, sugeriu precisamente esta questão, dado que nas suas lojas tem notado um crescimento nas vendas dos produtos de posicionamento superior.

Este mesmo responsável foi convidado pela AGEFE para abordar um outro aspecto da relação com o consumidor, dando o ponto de vista de quem presta serviços de assistência técnica. Depois de Luís Pisco, jurista da DECO, ter explicado quais os direitos que assistem aos consumidores e apresentado as principais tipologias de queixas nos bens de consumo duradouro, José Araújo apresentou o olhar de quem lida no terreno com estes problemas sublinhando que muitas das situações não são, em si mesmas, um problema de desconformidade dos produtos mas um sintoma do crescimento do número de consumidores que optam por comprar em livre serviço e instalar, eles mesmos, os equipamentos, sem terem os devidos conhecimentos para uma instalação correcta e adequada.

O programa de trabalhos encerrou com a intervenção de Paulo Barreto, Country Manager do Google em Portugal, que partilhou com os presentes algumas estatísticas mais recentes sobre o mercado da Internet e de que forma os portugueses se relacionam com este meio.

Leia o desenvolvimento na próxima edição da Rm-Revismarket e veja as imagens do VIII Encontro Nacional de Electrodomésticos e Electrónica de Consumo da AGEFE.


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L.Branca/PAE

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