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Comerciantes com dificuldade em pagar rendas nos shoppings
2010-07-28

Segundo noticia o Público, os comerciantes independentes estão a ter dificuldades em pagar as rendas das lojas nos centros comerciais.

Vasco de Mello, presidente da União das Associações de Comerciantes e Serviços (UACS), confirma que as maiores dificuldades estão a ser sentidas pelos comerciantes independentes e que têm vindo a aumentar. "Para além de haver uma grande taxa de incumprimento em alguns centros comerciais, haverá também problemas em pagar a fornecedores.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) também tem dado conta de dificuldades de pagamento. "Em unidades de grande porte, a informação que temos é que as dificuldades de pagamento têm tido dois tipos de consequência, por um lado, os centros comerciais estão a fazer ajustamentos na renda, por outro há lojas que estão a fechar", garante João Vieira Lopes, presidente da CCP.

O presidente da UACS sublinha que, olhando para os números das insolvências, se verifica que o comércio é o sector mais atingido. Segundo dados do Instituto Informador Comercial, entre Janeiro e esta terça-feira, dia 27 de Julho, 266 empresas do comércio a retalho, excluindo de veículos automóveis e motociclos, entraram em insolvência, o que representa uma subida de 8,13 por cento face ao período homólogo do ano passado.

Contactados pelo Público, os promotores dos shoppings negam que haja elevadas taxas de incumprimento. A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), que agrega 127 shoppings, com mais de nove mil lojas e onde trabalham 90 mil pessoas, não confirma os atrasos de pagamento nas rendas e garante mesmo que esta não é uma questão que tenha relevância no sector. "O negócio dos centros comerciais é uma parceria entre o lojista e o empreendimento. Há uma base de negociação entre ambos", afirma fonte da APCC.

Já os promotores admitem que têm vindo a reduzir despesas comuns, como a água, a luz ou a vigilância, e a reforçar campanhas de marketing. Na Sonae Sierra, que gere 17,3 por cento destas unidades, reduziram-se as despesas comuns para "apoiar os lojistas a superar os desafios actuais" e preservar "o mais possível os níveis de rentabilidade e de eficiência". Fonte oficial da empresa explicou ao Público que os aumentos das tarifas da luz, da água ou dos serviços de limpeza e de vigilância, comparticipadas pelos comerciantes, foram assumidos pelo promotor desde o início do ano, depois de em 2009 os lojistas terem sofrido quebras de vendas.

Por sua vez, a Chamartín garante que a taxa de incumprimento não tem registado oscilações significativas face aos anos anteriores, mas que tem havido " um maior diálogo com os operadores". De acordo com Artur Soutinho, administrador executivo, esse reforço traduz-se, por exemplo, em acções de marketing conjuntas e uma maior aposta em campanhas promocionais "que contribuam para trazer mais afluência e vendas".

Sobre o encerramento de lojas apontado pela CCP, Artur Soutinho, que também é presidente da mesa da assembleia geral da APCC, sustenta que fazem parte "de uma dinâmica natural". "As boas práticas dizem-nos que um centro comercial deve efectuar uma rotação de dez por cento das suas lojas por ano, para acompanhar as tendências do mercado e trazer novidades para o tenant mix".

A CCP está a negociar com o Governo regras claras para os arrendamentos nos centros comerciais, já que a utilização dos espaços não está enquadrada por nenhum diploma legal. A CCP critica o facto de, quer os ajustamentos nas rendas, quer os encerramentos estão a ser feitos de forma "desordenada". “Os comerciantes estão desprotegidos. Muitas vezes são aliciados na promessa de um número mínimo de visitantes que os shoppings não conseguem cumprir e ficam indefesos", lamenta João Vieira Lopes.

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L.Branca/PAE

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