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Níveis de insolvências judiciais crescem 6,9% no 2.º trimestre mas sector dos electrodomésticos melhora
2010-07-22

No segundo trimestre, Portugal registou 1.565 novos processos de insolvência, número que representa um aumento de 6,9 por cento relativamente aos valores registados no primeiro trimestre. Esta é uma das conclusões analisadas pelo Departamento de Gestão de Risco da Crédito y Caución, que acompanha de perto os processos de insolvência publicados no Diário da República.

O aumento significativo dos níveis de insolvência empresarial teve início no primeiro trimestre de 2009, chegando a superar um milhar de processos trimestrais. Em 2008, o total anual de processos tinha sido de cerca de 500. Após seis trimestres consecutivos de crescimento gradual, os números referentes ao último trimestre mostram, pela primeira vez, a concentração de mais de 1.500 processos em apenas três meses.

Apesar de ter registado uma queda de 5,3 por cento, um em cada três processos de insolvências continua a envolver empresas directamente relacionadas com o sector dos serviços. O segundo sector mais afectado é o da construção, que cresce ligeiramente, seguido do sector têxtil e da alimentação/distribuição, que registam quedas acentuadas em torno dos 20 por cento.

A análise inter-trimestral da Crédito y Caución regista uma recuperação em sete sectores e o aumento das insolvências em oito. Em comparação com o primeiro trimestre, a maior intensidade foi registada no sector do papel e artes gráficas (58%), nas peles (50%) e no sector da madeira e mobiliário (43%). Em contrapartida, os sectores que registam uma melhoria significativa são os dos electrodomésticos (55%), máquinas e ferramentas (40%) e instalações (28%).

O ano de 2010 está a marcar o início da mudança de ciclo, mas persistem alguns factores de incerteza como é o caso da reactivação do crédito financeiro. De acordo com a análise feita pela Crédito y Caución, a incapacidade de muitas pequenas e médias empresas poderem financiar o circulante e melhorar a tesouraria, devido às dificuldades no acesso ao crédito, é um dos principais factores que pressionam a entrada de processos de insolvência judicial.

Neste cenário, o seguro de crédito está a começar a oferecer soluções orientadas para garantir a liquidez das empresas seguradas, nomeadamente através da antecipação do adiantamento das indemnizações subjacentes à apólice.

Neste sentido, para evitar a entrada neste tipo de processos de insolvência, que são nove em cada dez casos de liquidação do tecido produtivo, é aconselhável que as empresas aumentem a vigilância do risco, analisando os riscos comerciais associados a cada um dos clientes. Estabelecer limites de crédito que coincidam com precisão com os níveis de crédito aceitáveis nestas situações, pode ser a chave para as empresas se protegerem de uma perda desnecessária ou de uma eventual situação de insolvência do cliente.

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L.Branca/PAE

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