Dubai, Pequim e Xangai competem com Londres, Paris e Nova Iorque pela posição enquanto principais centros de retail. De acordo com a mais recente publicação do estudo How Global is the Business of Retail?, realizado pela CB Richard Ellis (CBRE), os mercados emergentes atraem cada vez mais retalhistas internacionais e competem com os destinos de mais procurados.
O estudo anual registou variações significativas neste mercado, comparativamente com o ranking do ano anterior. Os mercados emergentes melhoraram a sua posição e Pequim, Xangai e Moscovo subiram de posição no top 10, enquanto Riade, Jeddah e a Cidade do Kuwait passaram a integrar, pela primeira vez, a lista dos 20 mercados internacionais de retail mais procurados.
Londres manteve a primeira posição, atraindo 56 por cento da totalidade das marcas internacionais de retalho em análise. Contudo, a sua posição é cada vez mais disputada pelo Dubai, com a segunda presença mais alta entre os retalhistas internacionais (55%). O que vem reforçar a importância cada vez maior dos mercados emergentes para o novo panorama global de retail. A completar o top 5 do ranking, estiveram Paris (46%), Nova Iorque (44%) e Hong Kong (43%), que ainda detêm de forma clara o poder de atracção em termos de retalho mundial. Os restantes mercados presentes no top 20 alternam entre mercados tradicionais e emergentes e evidenciam a globalização do mercado internacional.
A nível geográfico, segundo o estudo da CBRE, no âmbito de novas aberturas, os grandes beneficiados do processo de expansão do retalho global no ano transacto foram os mercados emergentes. Embora a Europa dominasse antes a lista das principais cidades, a Ásia e o Médio Oriente são responsáveis por quase metade do top 20 dos mercados internacionais apresentados no novo estudo. Algumas cidades do Médio Oriente registaram progressos assinaláveis na hierarquia global, com subidas acentuadas no ranking. Em especial, Riade, (do 25.º para o 14.º), Jeddah (do 26.º para o 15.º) e a Cidade do Kuwait (do 28.º para o 17.º) que entraram para o top 20 pela primeira vez. A Ásia também está fortemente representada com uma combinação de mercados novos e estabelecidos. Hong Kong, Pequim, Tóquio e Xangai ficaram entre a quinta e a oitava posição, respectivamente, e Xangai entrou no top 10 pela primeira vez, subindo do 12.º para o oitavo lugar. Milão foi a única das principais cidades europeias a subir de posição (do 16.º para o 11.º lugar), no ano transacto.
Os retalhistas com maior expansão estão presentes em mais de 60 países e 170 cidades. Os planos de expansão das marcas de luxo passam actualmente pelo mercado asiático. No entanto, os mercado já estabelecidos continuam a atrair novas insígnias de uma vasta gama de sectores de retalho. Os mercados do Médio Oriente também registaram um forte crescimento, principalmente marcas de moda de luxo. Em contrapartida, a maior parte das estreias na Europa Central e de Leste foram lideradas por retalhistas de preços médios e baixos.
Refira-se ainda que a dificuldade em encontrar espaços adequados nas zonas de comércio de rua consolidada, tem sido um obstáculo para a entrada de muitos retalhistas em novos mercados, pelo que os centros comerciais se revelam as alternativas viáveis para as marcas em expansão. No entanto, o actual decréscimo da promoção de novos empreendimentos comerciais é susceptível de restringir as oportunidades de expansão dos retalhistas nos próximos anos.