Mais de metade das PME’s portuguesas considera que a crise lhes está a afectar bastante o negócio (66%), revela um inquérito online realizado pela Sage.
No entanto, o receio de desemprego parece ser menor, sendo que apenas 46 por cento destas empresas sentem nos seus colaboradores receio de virem a perder o seu posto de trabalho. 47 por cento das empresas são da opinião de que a conjuntura económico-financeira se irá manter nos próximos dois anos e os restantes 50 por cento consideram que irá melhorar ou piorar, em igual peso.
Quanto questionados sobre quando iremos sair da crise, a maioria dos inquiridos considera que a situação actual apenas irá melhorar após 2012 (54%). A percepção das PME’s relativamente às medidas anti-crise é negativa e 87 por cento dos inquiridos concordam pouco (57%) ou nada (29%) com as actuais medidas implementadas para contornar a crise. A mesma opinião prevalece quando se fala no apoio sentido pelas mesmas e 93 por cento sentem-se pouco ou nada apoiadas nesta fase de crise.
De acordo com as respostas dos inquiridos, em 2010, parte destas empresas não pretende fazer grandes investimentos (40%). As que o pretendem fazer vão apostar essencialmente nas áreas da Formação e Inovação. Os investimentos em estudos de mercado ou marketing serão pouco expressivos, enquanto o investimento em hardware e software estará na ordem dos seis por cento.
Em termos de investimentos em infra-estruturas tecnológicas (hardware, software, etc.), 60 por cento das PME’s inquiridas referiram ter gasto menos de cinco mil euros nos últimos dois anos. Quando questionados acerca da sua infra-estrutura tecnológica, 89 por cento mencionaram utilizar software de gestão na sua empresa, tendo inclusivamente referido que o e-mail é a ferramenta preferencial de contacto com clientes e parceiros (87%). No entanto, para 59 por cento dos inquiridos, as visitas presenciais continuam a ser um meio eficaz de contacto com os clientes. Apenas 19 por cento dos inquiridos consideraram utilizar as redes sociais para comunicar/angariar clientes, sendo o Facebook a ferramenta mais referida. No entanto, a grande maioria das PME’s portuguesas não está presente em redes sociais (79%).