Os processos de insolvência aumentaram sete por cento no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2009, segundo o Barómetro Empresarial da consultora Dun & Bradstreet, divulgado esta segunda-feira, dia 5 de Abril.

De acordo com o estudo, nos primeiros três meses do ano foram proferidas 974 declarações de insolvência, o que representa um aumento de sete por cento face ao ano anterior. 44 por cento das declarações foram apresentadas pelas próprias empresas e 56 por cento requeridas por terceiros.

O mês com maior número de sentenças foi Janeiro, com 369 processos, mais 15,3 por cento face ao mesmo mês de 2009, seguindo-se Fevereiro, com 306 processos (mais 31,9 por cento), e Março, com 299 processo (menos 16,5 por cento).

Os dados do Instituto Informador Comercial são ainda mais negativos. Até ao final do primeiro trimestre, este organismo contabilizava 1.066 insolvências, número que traduz um aumento de 8,55 por cento face a igual período de 2009 e de 52,25 por cento quando comparado com período homólogo de 2008.

O comércio por grosso e a retalho lidera a lista das insolvências. No caso do comércio a retalho, registou-se um agravamento de 25,51 por cento, passando de 98, em 2009, para 123 empresas em dificuldades neste primeiro trimestre. No sector da construção e da promoção imobiliária há cerca de 220 empresas dificuldades.

Em termos geográficos, Porto, Lisboa e Braga são os distritos mais afectados, com 59 por cento dos casos de falências.