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Mercado imobiliário português inicia retoma tímida em 2010
2010-03-22

Depois de um ano 2009 marcado pela descida de performance em todos os segmentos, o mercado imobiliário português está posicionado para iniciar uma retoma, ainda que tímida, mantendo-se a recuperação dos níveis de confiança e da actividade iniciados no semestre final do ano passado, revela um relatório da Jones Lang LaSalle Portugal.

Segundo explica Manuel Puig, director geral da Jones Lang LaSalle Portugal, “na transição de 2008 para 2009, as expectativas não podiam ser piores para o mercado imobiliário, com a economia recessiva e os mercados de investimento e ocupação em contracção. Mas, no final de 2009, esses prognósticos mais pessimistas não chegaram a cumprir-se e o próprio mercado soube adequar-se às novas circunstâncias, voltando o sentimento de confiança. O ano 2010 não será seguramente o ano de uma retoma franca, mas iniciou-se já com um sentimento diferente e tudo indica que algumas áreas deverão ter um desempenho melhor ao longo deste ano, face ao ano anterior”.

Para 2010, a Jones Lang LaSalle aponta alguns sinais positivos nos diversos segmentos que poderão indiciar esta recuperação lenta do mercado. No investimento, espera-se um crescimento ao ritmo do último semestre de 2009, impulsionado pela reabertura das linhas de financiamento, o regresso dos investidores estrangeiros e a maior procura de subscrições de fundos nacionais. Também no retalho, a consultora estima que os retalhistas retomem os seus planos de expansão, ainda que de forma modesta. Já nos escritórios, a situação será menos favorável, esperando-se uma manutenção quer dos níveis de absorção quer das rendas registadas em 2009.

De acordo com a Jones Lang LaSalle, o ano 2009 foi um dos piores no âmbito do mercado imobiliário de que há registo, sobretudo devido à crise económica que grassou a nível nacional e internacional, resultando nas descidas de performance de praticamente todos os segmentos. O retalho verificou um decréscimo de actividade, ainda que ligeiro, provando a sua maturidade, com um decréscimo de apenas quatro por cento na Área Bruta Locável (ABL) inaugurada. Em 2009, abriram ao público 310 mil metros quadrados de ABL, dos quais cerca de 84 por cento no formato de centro comercial. Especial destaque para a inauguração do Dolce Vita Tejo, com 122 mil metros quadrados de ABL e que é, actualmente, o maior centro comercial de Portugal e também da Península Ibérica.

A performance do mercado, considerada equilibrada, traduziu a maior cautela dos promotores, já que muitos retalhistas congelaram os seus planos de expansão, influenciados pelas fracas condições económicas e falta de confiança dos consumidores. Assim, de acordo com a consultora, apenas os projectos com garantias inquestionáveis avançaram, uma postura que se deverá manter ao longo dos próximos meses no que respeita ao lançamento de nova oferta. Em 2010, está previsto inaugurarem cerca de 214.546 metros quadrados, menos 31 por cento do que em 2009, estando cerca de 31 por cento desta oferta localizada na região Norte, 27 por cento na Grande Lisboa e 17 por cento na Península de Setúbal. Actualmente, o stock de retalho em Portugal ascende a 3.356.459, traduzindo uma densidade média de 249 metros quadrados/ 1.000 habitantes.

No investimento, o decréscimo foi bastante acentuado, tendo este sido o sector que mais sentiu os efeitos da crise económica. Em 2009, o mercado de investimento imobiliário em Portugal movimentou 393 milhões de euros, menos 44 por cento do que em 2008, tendo 65 por cento deste volume sido registado no segundo semestre do ano. O retalho foi a principal razão para esta descida, já que, quer nos escritórios quer na logística, os níveis de actividade foram mais positivos. Este segmento observou o maior decréscimo de actividade face aos anos anteriores, em que se afirmava como o mais dinâmico e o grande atractivo dos investidores estrangeiros.

Em 2009, o volume de investimento em retalho ascendeu a 58 milhões de euros, principalmente em stand alones e lojas de rua. Pedro Lancastre, director de Capital Markets da Jones Lang LaSalle Portugal comenta que, “o ano de 2009 ficou marcado pela realização de pequenas operações com valores entre os três e os 10 milhões de euros, sobretudo no segmento de retalho em edifícios stand alones, operações essas participadas na sua maioria pela Jones Lang LaSalle”.


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L.Branca/PAE

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