Atendimento deficiente motiva grande parte das queixas registas no Livro de Reclamações
As queixas registadas no Livro de Reclamações aumentaram 61 por cento em quatro anos, revela a agência Lusa.
Entre 2006 e 2009, foram efectuadas 618 mil reclamações no Livro de Reclamações, sendo que 34 por cento destas foram efectuadas no último ano. Há quatro anos, quando foi instituído o Livro de Reclamações, havia em média 224 queixas diárias, número que mais do que duplicou no ano passado, para 576.
A Autoridade da Segurança e Actividades Económicas (ASAE) foi quem encaminhou o maior número de queixas, quase 329 mil, perfazendo mais de metade (53,1%) do total de reclamações contabilizadas. Os principais motivos de reclamação foram o “atendimento deficiente” (falta de profissionalismo por parte dos fornecedores de bens ou prestadores de serviços ou a não resolução do problema colocado) e o “cumprimento defeituoso ou não conforme do contrato”. Publicidade enganosa, etiquetagem insuficiente ou errada, género alimentício avariado ou com falta de requisitos, falta de condições de higiene e segurança, não reparação do bem no prazo de 30 dias e venda de bens por preço superior ao preço afixado motivaram as outras reclamações recebidas pela ASAE. Entre 2006 e 2009 foram remetidas 328.474 reclamações à ASAE, 113.552 das quais em 2009.
A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) ocupa a segunda posição, com 22.023 reclamações recebidas (19,3%) no segundo semestre de 2009.
A maior parte das reclamações recebidas relacionam-se com o serviço de acesso à Internet (34%), serviço telefónico móvel (32%), serviço telefónico em local fixo (22%) e serviço de televisão por cabo (8%).
O “atendimento ao cliente”, a “falta de tentativa de entrega”, o “extravio” e o “atraso na morada errada” são as razões mais fortemente apontadas pelos consumidores.