De acordo com o mais recente estudo realizado pela Jones Lang LaSalle Portugal, denominado “Retailer Sentiment – Inquérito aos Operadores – Portugal”, os operadores de retalho estão a recuperar a sua confiança no mercado nacional, mostrando-se mais optimistas para 2010.
De um total de aproximadamente 100 marcas inquiridas no âmbito deste estudo, a quase totalidade revela ter planos de expansão para os próximos 12 meses, além de se mostrarem confiantes quanto à boa performance das suas operações, com cerca de 52 por cento a acreditar no crescimento do volume de vendas e 40 por cento a apontar para a sua estabilização no mesmo período. “A retoma poderá estar mais próxima, dado algum optimismo que já começou a fazer sentir-se no final do ano passado. A fraca procura por parte dos operadores, influenciada pelo decréscimo no consumo, comprometeu a concretização de alguns projectos comerciais mas, no ano que agora começou, esperamos que esta procura possa crescer, graças à vontade de expansão de algumas marcas nacionais e à possível entrada de marcas internacionais no mercado português”, nota Manuel Puig, director geral da Jones Lang LaSalle Portugal. Contudo, alerta, “os retalhistas continuam a encarar o mercado com muita prudência e, enquanto este não der sinais claros de recuperação, a expansão das marcas estará sempre condicionada a vários factores, nomeadamente a recuperação da confiança dos consumidores, uma maior estabilidade no mercado de trabalho e a manutenção das taxas de juro. Em suma, a recuperação dos principais indicadores da nossa economia que façam aumentar os níveis de vendas”.
O sentimento de confiança já se sente entre os lojistas que participaram neste estudo, no entanto mantém-se uma atitude bastante prudente na tomada de decisões. “Num ritmo lento, mas estável, a procura de espaços de retalho começa a dar sinais positivos e o mercado de retalho aguarda um reavivar ao longo de 2010”, acrescenta Patrícia Araújo, directora do departamento de Retail Leasing da Jones Lang LaSalle.
O documento divulgado pela Jones Lang LaSalle revela que os planos de expansão voltam, depois de um 2009 marcado pelo decréscimo no consumo, subida de desemprego e quebra de vendas, a fazer parte das estratégias dos lojistas. De acordo com este estudo, os lojistas portugueses são mesmo alguns dos que se prevêem mais activos neste âmbito, com cerca de 60 por cento a indicar ter planos de expansão no prazo de um ano, incluindo para o estrangeiro.
Em Portugal, a região Centro (23%), seguida de Região Norte e do Algarve, ambas com 16 por cento das intenções, são as preferidas para a expansão dos lojistas em 2010, ficando excluída a região da Grande Lisboa, o que prova a maturidade do mercado. Quanto ao formato, o centro comercial lidera as preferências para a abertura de novas lojas, seguindo-se o comércio de rua.
O volume de vendas é outro indicador da retoma do mercado. Dos lojistas inquiridos, cerca de 52 por cento prevêem aumentar as vendas nos próximos 12 meses, enquanto 40 por cento estimam a sua estabilização, o que se revela bastante positivo face aos resultados de 2009. Dos inquiridos que responderam a esta questão relativamente a 2009, cerca de 34 por cento registou decréscimo no volume de vendas.