12 milhões de euros é o valor de facturação projectado pela Casio em 2010, com a venda directa, no mercado nacional, de máquinas fotográficas digitais, calculadoras e projectores, anunciou esta quinta-feira, dia 11 de Janeiro, a empresa, naquela que foi a sua primeira conferência de imprensa desde a entrada directa no mercado português.

A empresa, que recentemente abriu os seus escritórios em Lisboa, vai no entanto manter a estratégia de venda indirecta nas restantes linhas de produto.

Com uma equipa formada por nove elementos e liderada por Fernando Ponte, o novo director geral da sucursal portuguesa, a Casio decidiu assim reforçar a sua presença no mercado nacional e aproximar-se ainda mais dos seus clientes. Segundo Fernando Pontes, “esta decisão vem na sequência de uma presença cada vez mais forte da marca e dos seus produtos no mercado europeu e português e permite um melhor acompanhamento dos seus canais comerciais, bem como dos utilizadores finais”.

A Casio passa assim a ter a responsabilidade da distribuição directa de três das suas principais linhas de produtos, as câmaras fotográficas digitais Exilim, os vídeoprojectores e as calculadoras, tendo com objectivo reforçar a quota de mercado nestas áreas. Para tal, a estratégia comercial da empresa passa por estar presente em todos os canais de distribuição, incluindo as grandes cadeias de retalho, assumindo, desde logo, Fernando Pontes que “o objectivo da Casio é também fazer volume”.

No entanto, o director geral da sucursal portuguesa, ressalvou que, dadas as especificidades de algumas linhas de produto, como é o caso dos projectores, “não irão operar com todas as empresas de distribuição para não correrem o risco de banalizar o produto”. Paralelamente, dado que a linha de projectores tem cerca de dez modelos, haverá uma diferenciação dos produtos comercializados por cada tipo de canal, de forma a não colidirem no mercado nem suscitarem discrepâncias do preço. Esta estratégia de minimização, ao máximo, das oscilações de preço aplica-se, de resto, a todas as linhas de produto, assim como uma posição vincada, por parte da empresa, de protecção dos PVP’s, impedindo-os contratualmente de descer abaixo de determinado nível.

Nesta apresentação, que contou com a presença de outros responsáveis da Casio, incluindo Sven Cartensen, responsável máximo europeu da divisão de projectores, e Koichi Danjo, Deputy Manager da Casio Ibérica, foi também apresentada uma das grandes novidades da empresa para 2010, o primeiro projector híbrido do mundo, de alta luminosidade e produzido totalmente sem mercúrio. Denominado de Green Slim Projector, este modelo, revelado pela primeira vez no CES 2010, chega ao mercado português no próximo mês de Março, com um preço recomendado de venda ao público a partir de 750 euros mais IVA.

A grande inovação do novo projector da Casio é o facto de não usar uma lâmpada estando, ao invés, equipado com uma fonte de luz híbrida que conjuga as tecnologias LED e laser. Esta fonte ultrapassa um dos obstáculos dos projectores de LED puro, a sua luminosidade reduzida, e assegura desde 2.000 até 3.000 ANSI Lumens.

Com um tamanho A4, o novo projector não é só “slim” no nome, porque não excede os 43 milímetros de espessura e pesa apenas 2,3 quilogramas. No que confere à sua utilização, necessita apenas de oito segundos para iniciar, desliga imediatamente e proporciona 20 mil horas de vida útil da fonte de luz sem necessidade de manutenção.

Pela sua versatilidade, esta nova geração de projectores direcciona-se a uma ampla variedade de mercados, incluindo o de consumo. Segundo Sílvia Chambel, responsável de vendas da área de projectores da Casio Portugal, dois dos mercados estratégicos são os de “home office” e “small business”e também o de entretenimento e jogos, para a projecção de conteúdos multimédia e Internet através do notebook ou jogos em grupo via consolas.