Os consumidores estão receosos face à actual conjuntura económica e, por isso, não entram em grandes euforias face ao consumo na época de Natal, quer nas compras para as festas, quer nos gastos com os presentes, revela um estudo GfK Metris sobre o comportamento dos portugueses na época de Natal.
Segundo o estudo, 41,9 por cento dos consumidores vão gastar menos em consumo directo para o lar, ou seja, nas compras específicas para as festas, face a 2008. Entre os que esperam gastar menos, 22,8 por cento estimam fazer uma média de poupança de 30 por cento em relação há um ano.
No que respeita à compra de presentes, o valor da poupança sobe ligeiramente, com 46,2 por cento dos consumidores a planearem gastar menos em prendas. Comparando com o período homólogo anterior, 19,8 por cento dos inquiridos estimam uma média de poupança a rondar os 35 por cento.
Em Portugal, 40,3 por cento dos consumidores já definiram o orçamento para gastos neste Natal, no que respeita ao consumo e aos presentes, com a média dos gastos a situar-se nos 180 euros. De acordo com a análise geográfica, os inquiridos da região do Centro Litoral são os que mais vão limitar os gastos no Natal, com 60 por cento a indicarem gastar menos que em 2008, para uma média próxima dos 143 euros.
Quando analisada a influência da publicidade nas compras de Natal, 74,4 por cento dos portugueses declaram não se sentir influenciados pelas campanhas publicitárias nas decisões de compra dos presentes. No entanto, os 25,6 por cento influenciados pela publicidade vão gastar mais no Natal, de 180 para 222 euros, além de que estes consumidores para quem a publicidade aparenta ser um motor de consumo também apresentam um menor índice de poupança no consumo e prendas de Natal face a 2008. São os inquiridos mais jovens, dos 18 aos 24 anos, os que mais consideram que as campanhas publicitárias de Natal influenciam a decisão relativamente à compra dos presentes que oferecem, com 33,6 por cento a confirmarem esta tendência. O mesmo se verifica com as famílias mais numerosas, agregados com quatro ou mais pessoas, com 31,6 por cento a sentirem a influência da publicidade nos gastos de Natal.