O mercado de investimento europeu de imobiliário comercial indicia, no segundo trimestre, uma ligeira retoma, segundo a CB Richard Ellis.
Apresentando um volume de negócios de 9,14 mil milhões de euros, no período, o investimento subiu 12 por cento relativamente ao trimestre anterior .“Os mercados onde se verificaram as maiores correcções de preço assistem agora uma maior actividade nas transacções”, afirma Michael Haddock. Para o Director de Research para a região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) da CB Richard Ellis, “isto é especialmente verdade em Espanha e no Reino Unido, mercados para os quais investidores foram atraídos pela percepção crescente de bons retornos”.
Este acréscimo de actividade, mais pronunciado nas últimas semanas do período em análise, e que reflecte a maior confiança dos investidores, tem sido acompanhado por uma estabilização dos rendimentos. Nesse sentido, verificou-se uma subida de apenas dois pontos percentuais para os 6,13 por cento no rendimento médio da propriedade da EU-15, enquanto que o rendimento médio em escritórios diminuiu em dois pontos percentuais para os 6,19 por cento.
Apesar da retoma relativamente modesta no investimento pan-europeu, os resultados parecem indiciar uma melhoria no sentimento global dos investidores. Segundo a CB Richard Ellis, a questão passa agora por saber se esta recuperação é sustentada.
Em mercados onde a correcção de preços tem sido maior, como Londres, Madrid, Barcelona e Paris, verificou-se a renovação do interesse dos investidores. No caso do Reino Unido, essa tendência é particularmente notável. Após um início relativamente lento, o mercado de investimento imobiliário disparou em Junho, com o final desse mês a contabilizar mais de 60 por cento do total do trimestre. Cinco dos seis negócios acima dos 100 milhões de euros, realizados no Reino Unido, foram concluídos em Junho.
Existe, por outro lado, uma vasta gama de investidores activos em toda a Europa, que incluem instituições, fundos soberanos, fundos abertos alemães, bem como investidores privados e fundos de oportunidade. A entrada no mercado dos fundos de oportunidade, negligenciados desde meados de 2008, é, segundo a CB Richard Ellis , uma evolução positiva.