Apesar da crise económica global, ainda existe um grande potencial de crescimento no mercado de retalho russo a longo prazo, segundo um estudo da Verdict Research.

Ultrapassadas as barreiras iniciais, como a pobreza das infra-estrutruras e a incerteza do quadro legal, a elevada população do país e a extensão geográfica representam um mercado apreciável onde os retalhistas podem crescer em larga escala.

À medida que o rendimento e o consumo per capita disponíveis aumenta para níveis que se aproximam dos do ocidente, a oportunidade da Rússia é, no entender da Verdict, demasiado grande para poder ser desperdiçada. O mercado de retalho russo cresceu a um ritmo tremendo, perto de 500 por cento na última década, para alcançar os 451 mil milhões de dólares em 2008. A consultora prevê que, em 2012, este mercado valha aproximadamente 800 mil milhões de dólares.

Apesar do ambiente de recessão, muitos retalhistas estrangeiros olham para este mercado para a sua expansão. No sector da bricolage e mobiliário, muita da expansão irá ocorrer nas cidades secundárias, em áreas como os Urais e Volga, onde a concorrência é menos intensa, a propriedade é barata e os consumidores estão receptivos às propostas de melhoria das suas casas. De acordo com a Verdict, a IKEA planeia intensificar a sua expansão regional na Rússia, abrindo grandes lojas em cidades mais pequenas, até 500 mil habitantes. A Habitat vai também dar os seus primeiros passos neste mercado este ano, abrindo lojas em São Petersburgo e Moscovo.

Paralelamente, a robustez geral do sector alimentar e o seu forte potencial de crescimento torna este mercado particularmente atractivo para os retalhistas estrangeiros. O Carrefour abriu recentemente o seu primeiro hipermercado no país e também a Wal-Mart explora oportunidades.